@MASTERSTHESIS{ 2025:187818594,
 	title = {VITÓRIA, UMA TRAVESTI NEGRA PROTAGONISTA NO BRASIL COLÔNIA: UMA ANÁLISE DISCURSIVA FOUCAULTIANA DO ROMANCE HISTÓRICO “NADA DIGO DE TI, QUE EM TI NÃO VEJA”},
 	year = {2025},
 	url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/2444",
 	abstract = "Esta dissertação tem como objetivo geral analisar arqueogenealogicamente os discursos em 
 torno da emergência da personagem Vitória, protagonista do romance histórico “Nada digo de 
 ti, que em ti não veja”, de autoria de Eliana Alves Cruz (2020). Para tanto, utilizo os 
 pressupostos teórico-metodológicos dos Estudos Discursivos Foucaultianos, para me debruçar 
 descritiva e analiticamente sobre o romance e compreender esse objeto literário como um 
 espaço de produção discursiva e tensionamento de verdades e de subjetividades. A partir dessa 
 base teórica e metodológica, o arquivo é composto por sequências do romance a partir das quais 
 construo oito séries enunciativas, com o intuito de verificar como Vitória é discursivizada sob 
 várias práticas discursivas (e não-discursivas) de saber-poder. No primeiro capítulo, faço uma 
 retomada conceitual do método arqueogenealógico e analiso quatro séries enunciativas, sobre 
 (i) o enunciado-título do romance, (ii) os enunciados de estima a Vitória, (iii) os enunciados de 
 depreciação a Vitória e (iv) os enunciados nos quais Vitória narra a si mesma. No capítulo dois,
 apresento um breve estudo sobre as bases teóricas do gênero romance histórico e seus 
 desdobramentos na contemporaneidade, com a emergência do Novo Romance histórico latino americano. Na sequência desse mesmo capítulo, traço um panorama sobre a atuação da 
 Inquisição portuguesa no Brasil e analiso duas séries enunciativas sobre práticas consideradas 
 crimes por esse poder pastoral, as religiosidades não-cristãs e a sodomia. No terceiro capítulo, 
 faço uma discussão sobre o uso do termo travesti como referência à Vitória e analiso duas séries 
 enunciativas, uma sobre o amor e o abandono e outra sobre a ancestralidade, para entender
 como a construção discursiva da personagem Vitória a inscreve na afirmação da afetividade e 
 do direito à memória, que são parte da luta e da voz intelectualizada de travestis e mulheres 
 trans no Brasil. Por fim, teço algumas reflexões acerca da literatura afro-brasileira enquanto 
 modalidade enunciativa a partir da qual a história das personagens negras no Brasil é reescrita, 
 com base na afirmação de valores positivos de etnicidade, racialidade, religiosidade,
 língua(linguagem) e ancestralidade.",
 	publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)},
 	note = {Unicentro::Departamento de Letras}
}