@PHDTHESIS{ 2025:383906066, title = {“Você fala melhor que eu”: crenças, atitudes, representações e (in)segurança linguística de falantes de espanhol como língua materna e estrangeira}, year = {2025}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/2443", abstract = "Esta tese tem como objetivo central investigar as crenças, atitudes e representações linguísticas de falantes de espanhol como língua materna e estrangeira em relação a diferentes variedades do idioma, especificamente: rio-platense, andina, mexicana-centro-americana e castelhana. A pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista (Labov, 1972) e nos estudos sobre crenças e atitudes linguísticas (Cestero e Paredes, 2015; Moreno Fernández, 2009, Calvet, 2002; Méndez Guerrero, 2022), considerando a influência de fatores sociais e contextuais na pecepção das variedades linguísticas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quanti-qualitativa, cujo corpus é composto por dados coletados por meio de questionários aplicados a 80 estudantes e formados em Letras, Linguística e áreas afins, vinculados a universidades espanholas e brasileiras. Os instrumentos de pesquisa foram elaborados com o propósito de captar não apenas avaliações explícitas, mas também percepções implícitas acerca das variedades estudadas. Para a análise dos dados, foram empregados testes estatísticos, incluindo qui-quadrado, ANOVA e regressão, a fim de verificar a significância das diferenças entre os grupos e identificar possíveis padrões de associação entre variáveis. Os principais resultados revelam que: (i) falantes nativos de espanhol demonstram atitudes mais positivas em relação às variedades rio-platense e castelhana, possivelmente associadas ao prestígio sociocultural e ao contato midiático; (ii) os participantes brasileiros manifestam preferência pelas variedades mexicana e rio-platense, o que pode refletir influências da exposição midiática e do contato fronteiriço; (iii) há indícios de insegurança linguística, sobretudo entre os participantes brasileiros, em relação à própria competência no idioma; e (iv) políticas e práticas linguísticas ainda favorecem a variedade castelhana, reforçando seu status de norma de referência no ensino de espanhol como língua estrangeira. Esses achados contribuem para a compreensão das dinâmicas de prestígio e estigma associadas às variedades do espanhol, além de oferecer subsídios para reflexões sobre o ensino e a política linguística em contextos bilíngues e multilíngues.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Doutorado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }