@PHDTHESIS{ 2024:1195992408, title = {ALMOST THE SAME BUT NOT WHITE: MITO GREGO E DRAMATURGIA DE AUTORIA NEGRA EM OBRAS PÓS-COLONIAIS EM LÍNGUA INGLESA NO CARIBE E NA ÁFRICA}, year = {2024}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/2219", abstract = "Nesta pesquisa são analisadas peças anglófonas, escritas por autores negros no contexto pós-colonial, que se propõem a dialogar com textos canônicos, quais sejam: Women of Owu (2016), de Femi Osofisan, da Nigéria, e The Odyssey: A stage version (1993), de Derek Walcott, de Santa Lúcia, as quais são, respectivamente, reescritas das obras gregas As troianas, de Eurípides, que data de 416 a.C., e Odisseia, de Homero (2011), do século VIII a.C. Adotando a perspectiva pós-colonial, objetivou-se analisar como o uso subversivo da língua inglesa opera na demarcação de características pós-coloniais, a fim de impingir nesses trabalhos as marcas da negritude, conforme conceito de Aimé Cesaire (1978). A fundamentação teórica parte de The Empire writes back, de Ashcroft, Griffiths e Tiffin (2004), tendo em vista sua importância para a discussão das obras literárias pós-coloniais em língua inglesa. Encontra-se respaldo teórico também em estudiosos do pós-colonialismo de diversas áreas, dentre eles Frantz Fanon (2020, 2021, 2022), Homi Bhabha (1984, 1991, 1998), Edward Said (1995), Édouard Glissant (2005), Ngugi wa Thiong’o (1986), Gayatri Spivak (2010), bell hooks (2017, 2019, 2020), Grada Kilomba (2019), Leda Maria Martins (1995, 1997, 2021), Décio Torres Cruz (2016), McLeod (2010) e Thomas Bonnici (2005, 2009, 2012). A análise demonstrou que o diálogo intertextual proposto pelos autores com os textos clássicos visa à impressão de uma estética própria e à conquista do poder de fala sujeito negro colonizado. Os autores se utilizam da apropriação e abrogação como recursos para fazerem uso subversivo da língua inglesa e da literatura enquanto ferramenta da cultura imperialista. Observou-se também que a lacuna metonímica, a apropriação do espaço e do discurso religioso são fundamentais para a construção das peças e para a exploração do potencial de resistência discursiva delas. A análise do tratamento dado às personagens mulheres a partir da crítica feminista pós-colonial demonstrou que os autores lograram êxito na construção de textos com perfil decolonial, contudo, as personagens mulheres exemplificam a dupla colonização da mulher, que sucumbe ao poder colonial e ao poder patriarcal. Sob a perspectiva de Walter Benjamin (1987) e Terry Eagleton (1993), considera-se que os recursos linguísticos e literários empreendidos pelos autores contribuem para a reescrita da história, dando voz aos vencidos e visibilidade às perspectivas silenciadas na história oficial. Amparando-se no conceito de sly civility, de Homi Bhabha (1998), constatou-se que os autores também promovem a resistência a partir da recusa nativa de satisfazer a demanda do colonizador na utilização de seus artefatos culturais.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Doutorado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }