@PHDTHESIS{ 2021:1608805076, title = {Composição química e bioacessibilidade de minerais em melado de cana e farinhas de frutas}, year = {2021}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1834", abstract = "Os alimentos, além de fontes de nutrientes, também podem ser importantes aliados na prevenção de doenças e na manutenção da qualidade de vida. Com isso, cada vez mais tem sido observado um aumento no consumo de alimentos naturais, minimamente processados e/ou com propriedades funcionais. Esse fato torna importante a avaliação da composição e do valor nutricional desses produtos. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a composição química e elementar e a bioacessibilidade de minerais em melado de cana e em farinhas de frutas, além da contribuição desses produtos para a ingestão diária recomendada de minerais. Também foi realizada a otimização e a validação de métodos rápidos e eficientes para a determinação de cromo e de compostos com capacidade redutora em melado de cana. Para a determinação de cromo por GF AAS, foi utilizado um método de amostragem em suspensão, com a simples dissolução da amostra em água ultrapura. A validação do método foi realizada pela avaliação de parâmetros como linearidade, limites de detecção e de quantificação, precisão e exatidão. A curva analítica foi preparada por padronização externa e baixos valores de limites de detecção (LD) e de quantificação (LQ) foram encontrados (7,2 e 22,0 ng g-1, respectivamente). As estimativas de repetitividade e de precisão intermediária demonstraram que o método apresenta uma precisão adequada (RSD < 20%). A exatidão avaliada por meio das taxas de recuperação (102-113%) e da comparação com método de referência (t = 0,61; p = 0,562) também foi adequada. Para a determinação da capacidade redutora em melado, um planejamento de misturas simplex centroide foi aplicado para a otimização da composição do solvente extrator e um planejamento Box-Behnken foi utilizado para otimizar as condições de massa de amostra, tempo de extração e concentração de HCl. As condições ótimas estabelecidas pelos planejamentos foram: 6,0 mL de solvente (1,6 mL de etanol 90% + 4,4 mL de água) sem adição de HCl, 0,1 g de amostra e 10 minutos de extração. A validação do método mostrou a possibilidade de utilizar uma curva analítica de padrão externo, a qual apresentou linearidade adequada, com baixos valores de LD e LQ (0,084 mg L-1 e 0,255 mg L-1, respectivamente). Além disso, o método apresentou precisão (RSD < 20%) e exatidão (recuperações de 80-110%) adequadas. Em seguida, a composição de vinte amostras de melado de cana foi avaliada em termos de pH, acidez, açúcares redutores, açúcares totais, sólidos solúveis, cinzas condutimétricas, cor ICUMSA e capacidade redutora. Grande variação entre as amostras foi observada com relação a esses parâmetros. Porém, a maioria das amostras apresentou valores dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira para esses parâmetros. Quanto à composição elementar, as amostras de melado de cana apresentaram concentrações variadas de Na, K, P, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu e Cr. Considerando a ingestão diária recomendada de minerais, a maioria das amostras avaliadas se mostrou como boa fonte de Mg, Fe, Mn e Cr. Além disso, as bioacessibilidades de Mg, Fe, Mn, Zn e Cu foram avaliadas por meio de ensaios de digestão in vitro e a maior parte das amostras apresentou bioacessibilidade elevada desses elementos (em média 79,8; 75,9; 76,3; 98,0 e 79,6%, respectivamente). Esses resultados estimulam a valorização do melado de cana como fonte de minerais e a sua utilização como ingrediente nas indústrias de alimentos e bebidas. Quanto às amostras de farinhas de frutas, estas apresentaram conteúdo variável de fibras alimentares (7,5 a 69,7 g 100 g-1), de carboidratos (4,1 a 74,9 g 100 g-1), de proteínas (2,9 a 12,9 g 100 g-1), de cinzas (1,0 a 7,0 g 100 g-1), de lipídios (1,0 a 8,1 g 100 g-1) e de fenólicos totais (2,9 a 41,0 mg GAE g-1), além da contribuição energética (339 a 420 kcal 100 g-1 ). As farinhas de frutas também apresentaram grande variabilidade quanto ao conteúdo de minerais (Na, K, P, Ca, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu e Cr), sendo que a maioria das amostras analisadas fornecem uma contribuição adequada às necessidades diárias de minerais (especialmente Mg, Fe, Mn e Cu), considerando uma porção diária de 30 g de farinha. Por outro lado, as farinhas de frutas apresentaram baixa bioacessibilidade de Ca (18,0%) e de Fe (28,9%), enquanto o Mg foi o mineral mais bioacessível (81,5%), seguido por Zn (67,8%), Cu (66,4%) e Mn (55,5%). Também foram observadas correlações significativas entre a bioacessibilidade de minerais e os teores de fibras, cinzas, lipídios e fenólicos totais. Entretanto, as farinhas de frutas se mostraram importantes fontes de Mn e de Cu, além da contribuição para a ingestão diária de fibras alimentares e do conteúdo elevado de compostos fenólicos.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Química (Doutorado)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Exatas e de Tecnologia} }