@MASTERSTHESIS{ 2017:267583542, title = {DIZERES SOBRE O ABORTO NO ESPAÇO DIGITAL: UMA ANÁLISE DISCURSIVA}, year = {2017}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/809", abstract = "O aborto é um tema polêmico e muito discutido atualmente e, por isso, circulam em nossa formação social, vários discursos sobre ele. De um lado, a igreja e a justiça defendem o direito à vida sob qualquer circunstância e, de outro, irrompem discursos que defendem o direito de a mulher decidir sobre o próprio corpo e pela descriminalização dessa prática, no Brasil. No entremeio desses discursos, a medicina e a biologia se ocupam em definir o momento exato em que a vida tem início. São esses vários discursos e os diversos efeitos de sentidos produzidos pela designação “aborto” e pela grande visibilidade dada ao tema pela mídia, mais recentemente, que justifica nosso interesse por essa pesquisa, cuja questão que nos mobiliza é: que discursos sobre o aborto circularam no espaço digital? Nesse sentido, traçamos como objetivo principal deste trabalho, verificar como o aborto é discursivizado no espaço digital, mais especificamente em uma página do facebook, bem como compreender que efeitos de sentido produzem e que memórias ressoam nesses discursos. Para responder a ela, recortamos seis textos que circularam na página do facebook “Diário de um Feto” que promoveu uma campanha intitulada “Espalhando Flores pela Rede”. Consideramos os objetos simbólicos recortados como textos que entrecruzam materialidades significantes distintas que se entrelaçam no processo de constituição dos sentidos, conforme (LAGAZZI, 2009; 2011), sustentando nosso gesto analítico nos pressupostos teóricos da na Análise de discurso de orientação francesa, fundada por Michel Pêcheux e desenvolvida, no Brasil, por Eni Orlandi e pelos demais pesquisadores que lançam seu olhar para as relações estabelecidas entre o discurso, o sujeito e a história. Consideramos o espaço digital como parte do acontecimento discursivo urbano e como um lugar privilegiado para a formulação e a circulação de sentidos, no qual há o embate entre a memória discursiva, que atualiza os dizeres no fio do discurso e a memória metálica, que não historiciza os sentidos e funciona pela replicação e pelo acúmulo, conforme Orlandi (1996) e Dias (2014). Nos textos analisados irrompem dizeres do campo discursivo da igreja, da medicina e da justiça e, por esse viés, do Estado, que sustentam e legitimam os sentidos de aborto como pecado e/ou crime, apagando outros como aqueles que circulam no interior de movimentos feministas, por exemplo.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }