@MASTERSTHESIS{ 2016:1783544005, title = {USO DE MARCADORES MICROSSATÉLITES DA FAMÍLIA ASTERACEAE PARA ESTUDOS GENÉTICOS EM CARQUEJA (Baccharis crispa SPRENG., ASTERACEAE)}, year = {2016}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/729", abstract = "Baccharis crispa Spreng. (Asteraceae), popularmente conhecida como Carqueja, é nativa da América do Sul e amplamente utilizada na medicina tradicional. Além de suas propriedades medicinais, é uma espécie pioneira e melífera, o que ressalta sua importância ecológica. Apesar da relevância da espécie, há escassez de estudo sobre suas características genéticas. Os marcadores moleculares recomendados para estudos genéticos são os microssatélites, por serem codominantes e apresentarem elevado polimorfismo. Contudo, para a espécie não há microssatélites descritos, o que torna a transferibilidade de primers uma estratégia importante. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi avaliar a transferibilidade de primers microssatélites de espécies pertencentes a família Asteraceae para B. crispa e seu uso para estimar a diversidade e estrutura genética de populações desta oriundas do Sul do Brasil. Para as análises de transferibilidade, foram avaliados 15 pares de primers de Asteraceae em 10 indivíduos de B. crispa. Destes 15 pares de primers, seis apresentaram polimorfismo (40%) e foram os utilizados para estimar os dados genético-populacionais de seis populações de B. crispa. As populações avaliadas foram coletadas nos municípios de Guarapuava (A) e General Carneiro (B), no estado do Paraná; Joaçaba (C) e Xanxerê (D), no estado de Santa Catarina e Coxilha (E) e Panambi (F), no estado do Rio Grande do Sul. O número médio de alelos por loco foi 3,66. As populações A e C apresentaram os maiores valores de diversidade genética (He=0,50; I=0,85 e He=0,46; I=0,76, respectivamente). Já os menores valores foram para as populações E e F (He=0,13; I=0,23 e He=0,10; I=0,19, respectivamente). A AMOVA evidenciou que a maior variação (66%) ocorre dentro das populações. As populações estão estruturadas (FST=0,21) e com excesso de homozigotos (FIS=0,28). O valor de fluxo gênico entre as populações foi moderado (Nm=1,19). O teste de Mantel indicou correlação positiva entre as distâncias genéticas e geográficas. A análise Bayesiana e de PCoA agrupou as seis populações em dois grupos genéticos: o primeiro contendo as populações A, B, C e D e o segundo com as populações E e F. A grande diversidade encontrada nas populações A, B e C pode ser explicada pelas características do local onde foram coletadas. As regiões do Centro-Sul do Paraná e Meio-Oeste de Santa Catarina são Campos nativos preservados. Dessa maneira, é provável que essas populações estejam presentes nestes locais há longo tempo. As populações do Rio Grande do Sul (E e F) foram coletadas em regiões que anteriormente eram ocupadas por florestas, onde a espécie não ocorria e com o desmatamento criou ambiente favorável para a mesma. Desta forma, estas populações podem ser consideradas recentes, resultado de um possível efeito fundador, justificando a baixa diversidade. Ainda, estas populações apresentaram elevado fluxo gênico entre elas (Nm=4,05) e muito baixo com as outras populações, isso indica que o Vale do Rio Uruguai pode estar se comportando como uma barreira geográfica entre as populações do PR e SC com as populações do RS e, que o ambiente altamente aberto estaria favorecendo a dispersão de sementes e/ou pólen entre as populações do RS. A análise conjunta dos dados obtidos em nosso estudo mais os disponíveis na literatura sugere que a região que compreende o Centro-Sul do Paraná e Meio-Oeste de Santa Catarina pode ser um dos prováveis centros de diversidade da espécie B. crispa.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Biologia} }