@MASTERSTHESIS{ 2016:1413542983, title = {DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA DE POPULAÇÕES DE Psidium guajava L. (MYRTACEAE) ORIUNDAS DO BRASIL E DO MÉXICO}, year = {2016}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/725", abstract = "A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma árvore frutífera tropical de elevada importância econômica, por ser amplamente comercializada. A espécie também oferece alimento e refugio a vários tipos de animais. Ainda, por suas características de rápido desenvolvimento, a goiabeira é utilizada para a recuperação de florestas desmatadas e manutenção de corredores ecológicos. Apesar desta importância, não é conhecido o centro de origem e/ou diversidade da espécie, e esta informação é importante para sua conservação e/ou melhoramento. Até o momento não foram realizados estudos de genética populacional da goiabeira silvestre considerando uma ampla área geográfica. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi o estudo da diversidade e estrutura genética de populações de goiabeira coletadas no Brasil e no México entre as latitudes -27° a +16°. Para as análises moleculares foram utilizadas nove populações de goiabeira (seis do Brasil e três do México), de cada população foram coletados em torno de 32 indivíduos e avaliados utilizando 12 loci microssatélites. Foram obtidos 44 alelos com média de 3,66 alelos por locus. Foram encontrados três loci exclusivos nas populações do México e somente um locus exclusivo para as populações do Brasil. Em torno de 76% dos loci apresentara-se em desequilíbrio de Hardy-Weinberg. O índice de diversidade de Shannon foi baixo em todas as populações e também para a espécie (H' = 0,557). Os valores de heterozigosidade observada (Ho) e esperada (He) também foram baixos (Ho = 0,105 e He = 0,337). O índice de fixação foi alto (0,668) e o fluxo gênico baixo (nm = 0,495). A He apresentou uma forte correlação (r = -0,90) com a latitude de cada população do Brasil. O teste de Mantel não apresentou correlação entre distância genética e geográfica. A variância molecular entre populações foi de 34%, e de 52% entre indivíduos. Vinte e três componentes explicaram 89.4% da variação genética dos indivíduos das nove populações. As populações apresentaram nível alto de diferenciação genética (FST=0,336; DST=0,346). O agrupamento das populações baseada na divergência genética mostrou três grupos, dois deles formados pelas populações do Brasil e um terceiro grupo formado pelas populações do México. O número de grupos genéticos encontrado foi K=3 e corresponde a os mesmos grupos formados pela análise da divergência genética. Os resultados indicam que a goiabeira é uma espécie com baixa diversidade genética conduzida provavelmente pela predominância autogâmica da planta e a baixa dispersão de suas sementes, mesmas que também produzem alta estruturação genética. A similaridade genética entre as populações do México com as populações do sul do Brasil indicam uma provável adaptação local em resposta às condições climático-ecológicas. Alternativamente, esta similaridade pode ser interpretada como produto da introdução da goiabeira pelo homem nas áreas desmatadas da Mata Atlântica. A clina de diversidade genética apresentada pelas populações da goiabeira, assim como o número de alelos exclusivos por grupos de populações indicam que a região da América próxima à linha do Equador pode ser um dos prováveis centros de diversidade da goiabeira e que partir desta região, a espécie sofreu dispersão para o sul do Brasil.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Biologia} }