@MASTERSTHESIS{ 2015:1608293354, title = {UMA VOZ FEMININA NO SÉCULO XVII: A AUTOBIOGRAFIA DE ANTÓNIA MARGARIDA DE CASTELO BRANCO}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/76", abstract = "A autobiografia vem chamando cada vez mais a atenção de estudiosos de diversas áreas/disciplinas, como aponta Philippe Lejeune: "[...] a autobiografia leva-nos a nos abrir para outras disciplinas, essencialmente a psicanálise, a psicologia, a sociologia, a história. [...]" (LEJEUNE, 2008, p. 66). Essas áreas vêm constituindo-se como sinalizadoras de novos direcionamentos para o estudo das escritas de si, que passaram, ao longo dos últimos tempos, a serem consideradas como prática sócio-cultural, cujas dimensões histórica e contextual levam o pesquisador a integrar os elementos de outras disciplinas, a fim de formular suas ideias a respeito da temática. Na literatura, em especial, o gênero memorialístico, por apresentar compromisso com a verdade, instiga o pesquisador a investigar elementos constitutivos do seu contexto de produção e a estabelecer o que Lejeune denomina de "pactos autobiográficos", possibilitando assim, a recriação de um momento histórico e suas implicações sociais, a fim de que se possa ilustrar com a devida propriedade quais elementos foram cruciais no desenvolvimento de uma determinada obra. Assim, o objetivo deste trabalho é a realização da leitura da Autobiografia de Antónia Margarida de Castelo Branco (1983) levando-se em conta o modelo interpretativo proposto por Fredric Jameson, proposto em seu livro O inconsciente político (1992), de uma leitura realizada a contrapelo, ou seja, uma leitura realizada para além do que o texto traz em sua aparência. Outros aspectos analisados, nesta dissertação, são as "estratégias de contenção" e o "conteúdo manifesto", também a partir da proposta de Fredric Jameson em O Inconsciente Político (1992). Estas estratégias tratam daquilo que o autor deixou de dizer, por algum motivo, ao produzir seu texto. Elas tratam, segundo o teórico, do que não aparece na superfície do texto, mas sim do que está nas entrelinhas, ou seja, as armadilhas utilizadas pelo autor da obra, consciente ou inconscientemente, para mascarar determinados temas que vão além do conteúdo manifesto. Leva-se em conta também alguns elementos da "Estética da Recepção" de Hans Robert Jauss (1994), dentre eles o "horizonte de expectativas" e a "fusão de horizontes", a fim de se perceber os efeitos da obra sobre os leitores e a sua permanência ao longo do tempo. Finalmente, a análise da Autobiografia de Antónia Margarida de Castelo Branco enquanto obra literária de cunho memorialista faz-se também conforme os apontamentos de Roberto Schwarz, no seu livro Duas Meninas (1997).", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }