@MASTERSTHESIS{ 2015:1050454639, title = {DISCURSOS EM CIRCULAÇÃO NO ESPAÇO VIRTUAL: A PRODUÇÃO DE SENTIDOS ACERCA DA EDUCAÇÃO DO SUJEITO-CRIANÇA/ADOLESCENTE}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/73", abstract = "Tradicionalmente pensada como célula da sociedade, é no interior da família que nascemos, nos constituímos como sujeitos e morremos. Ela é, também, a primeira instituição que determina o que podemos dizer/fazer dentro da formação social na qual nos inserimos. Neste trabalho, pelo viés discursivo, a compreendemos como uma instituição política, na qual (con-)vivem sujeitos que ocupam posições diferentes e que nela significam. Por se localizar no espaço urbano, essa instituição significa em razão da sua condição de existência simbólica, visto que o corpo do sujeito e o corpo da cidade se imbricam formando um só. Os organizadores do espaço urbano são a casa (domínio do privado) e rua (domínio do público), elementos marcados por relações de oposição e de complementariedade. O público, espaço do comum na vida política da cidade, iguala os sujeitos sem considerar as relações peculiares existentes no domínio do privado, isto é, daquilo que é próprio dos sujeitos, da casa e, por consequência, da família. Contudo, são as leis que "controlam" as práticas de acordo com a ideologia daquela formação social, mas não teriam sentido se não houvesse sujeitos e, por conseguinte, famílias para disciplinar, para controlar. Partindo dessas considerações, este trabalho pretende, pelo viés da Análise de Discurso de linha francesa, tal como proposta por Pêcheux, na França e por Orlandi, no Brasil, e seu grupo de pesquisadores, analisar seis materialidades que têm circulado na internet - instrumento de homogeneização/massificação da família cuja publicização, nesse espaço, apaga a sua ordem - mais especificamente, em dois sites e em um blog, os dizeres que irrompem acerca da educação do sujeito-criança/adolescente, a fim de verificar que efeitos de sentido produzem e quais memórias retornam nelas. Pretendíamos também, verificar que formações discursivas (FDs) entrecruzam esses discursos, permitindo compreender as posições ideológicas colocadas em jogo nos processos discursivos. Para atingir nossos objetivos, partimos do ponto de vista de que os sentidos se constituem no discurso, que por sua vez, é sustentado por outros, já ditos, imaginados ou ainda possíveis. Pensamos também no processo de individuação do sujeito pelo Estado, uma vez que leis como a "Lei Menino Bernardo" são usadas para regular, normatizar o espaço urbano e mais especificamente a família, que é assim atravessada por discursos que vêm de fora, de outro lugar. O gesto analítico empreendido apontou, que nessas materialidades, há o retorno aos mesmos espaços do dizer, isto é, são produzidas diferentes formulações de dizeres já sedimentados acerca da educação do sujeito criança-adolescente, que produzem os efeitos do "novo", do "nunca dito", e que nelas predomina o discurso autoritário, não abrindo espaço para a contestação e para a polissemia. No corpus selecionado, o não-verbal também contribui para a produção dos sentidos e nas SDs selecionadas, entrecruzam-se saberes provenientes de diferentes domínios: do trânsito, da Psicologia, da Pedagogia e do Direito, mas não há deslizamento de sentidos. As entidades que assinam as materialidades analisadas se identificam com o discurso do Estado, e a família, interpelada por esse discurso, apaga seu real, submetendo-se a ele, por meio das suas leis.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }