@MASTERSTHESIS{ 2015:913981897, title = {ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO: DISCURSOS SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR NO ESPAÇO URBANO}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/65", abstract = "O presente trabalho foi desenvolvido de acordo com os aportes teóricos e metodológicos da Análise de Discurso pecheutiana e teve como objeto de estudo o planejamento familiar. Perpassada por discursos que vêm de vários domínios, discursivamente, tomamos a família como uma instituição política, que habita o espaço urbano e não está isenta das regulações do Estado, que, por meio da Língua de Vento, influencia e determina as condições de existência dessa instituição secular. O corpus foi composto por seis materialidades que fizeram parte das Campanhas do Planejamento Familiar promovidas pelo Governo Federal e tuteladas pelo Ministério da Saúde, no início do século XXI, e, produziram o efeito de sentido ora de alerta (necessidade de planejar quantos e quando ter filhos), ora de ameaça (convocando o sujeito-adolescente, os profissionais da saúde e os casais, e mais especificamente, o sujeito-feminino, sobre os prejuízos de uma gravidez indesejada). Irrompe nas materialidades selecionadas, o discurso autoritário, pois o Governo/Ministério da Saúde apaga sua relação com o interlocutor (sujeito/família), determinando com veemência o que ele deve/não deve fazer para planejar a família e evitar a gravidez, além de discursos assistencialistas, que colocam o Estado na posição do benfeitor, daquele que protege e provê o sujeito dos direitos e recursos necessários para uma boa qualidade de vida, e que, portanto, sabe o que é/não é bom para ela. Há então, uma tensão contraditória entre democracia (respeito à decisão do sujeito) e autoritarismo (uso do imperativo) nas materialidades analisadas. Atestamos assim, que o eixo do público (rua) atravessa o eixo do privado (casa), produzindo o consenso, que sustenta as políticas públicas, nas sociedades contemporâneas ditas democráticas e que, por meio da Língua Vento, o Estado age sobre as "massas", simulando o real, individua(liza)ndo o sujeito por meio das instituições e de discursos. Dizendo de outro modo, a família sofre a regulação e a interferência do Estado, que busca controlar o espaço urbano e submete-se às práticas exigidas pelo órgão-gestor, em detrimento dos anseios e interesses particulares e continuam faltando serviços públicos de qualidade.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }