@MASTERSTHESIS{ 2013:1078505978, title = {FILOGEOGRAFIA DE DUAS ESPÉCIES DE DROSOPHILA DOS GRUPOS GUARAMUNU E GUARANI}, year = {2013}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/406", abstract = "O estudo filogeográfico é uma ferramenta que pode evidenciar padrões geográficos e genéticos capazes de refletir eventos históricos sofridos por uma espécie ou população ao longo de sua história evolutiva. O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura populacional, história evolutiva, e distribuição das espécies neotropicais Drosophila maculifrons (grupo guaramunu) e D. ornatifrons (grupo guarani), coletadas no bioma Mata Atlântica da região sul do Brasil. Foram analisadas as sequências dos genes mitocondriais Citocromo Oxidase I (COI) e II (COII) de três populações de D. maculifrons e nove de D. ornatifrons. A diversidade nucleotídica média (?) encontrada para as populações de D. maculifrons para o gene COI foi de 0,000476, e para COII foi de 0,000651. A AMOVA, Análise de Variância Molecular, revelou variação considerável para COI (63,51%; ?ct = 0,63328 - p < 0,05) entre os grupos G1 e G2 (categorizados de acordo com a fitofisionomia da Mata Atlântica onde as populações foram coletadas), e para COII entre populações dentro dos grupos (101,12%; ?sc = -0,01481 - p < 0,05). Os gráficos de Mismatch Distribution (MD) para os dois genes apresentaram curvas multimodais, o que sugere tanto equilíbrio demográfico, quanto subdivisão de populações. O padrão de distribuição da variação haplotípica de D. maculifrons também pode ser explicado pela ação de seleção balanceadora, com redução da diversidade genética e manutenção de polimorfismo ancestral; a diferença na variação observada entre as populações pode ser tanto devido à composição vegetal distinta encontrada nas áreas de Mata Atlântica amostradas, Floresta Estacional Semidecidual (FES) e Floresta Ombrófila Mista (FOM), como também esta relação pode ser consequência da maior proximidade geográfica das populações da área de FOM em relação a população coletada na área de FES, sendo resultado de fluxo gênico restrito pela distância. Para D. ornatifrons, os testes de neutralidade, o gráfico de MD e a Análise Bayesiana (BSP) para o gene COII indicam que esta espécie sofreu possivelmente um evento de expansão populacional. Este evento teria ocorrido provavelmente a partir das populações litorâneas ou próximas ao litoral do estado do Rio Grande do Sul, mais úmidas, como indicado pela posição da população de Ilha dos Marinheiros-RS na rede de haplótipos e a maior variação encontrada neste local. A datação pela BSP sugere que esta expansão teria ocorrido entre 20.000 e 25.000 anos atrás, período em que as temperaturas no hemisfério sul estavam em torno de cinco ou seis graus mais baixas que as atuais. Portanto, a análise da distribuição da diversidade de haplótipos dos genes COI e COII de D. maculifrons revelou uma possível relação com o tipo de habitat (FES e FOM), contudo, uma amostragem com maior amplitude geográfica poderia contribuir com melhor precisão para a elucidação da história evolutiva desta espécie. A análise filogeografia de D. ornatifrons sugeriu que a região litorânea do Rio Grande do Sul seria a área ancestral de dispersão e origem das demais populações analisadas. A restrição da distribuição da diversidade observada na população costeira ancestral analisada, Ilha dos Marinheiros-RS, para as áreas colonizadas seria resultado da capacidade limitada de dispersão destes insetos, associada a dificuldade de transpor barreiras clinais, especialmente de umidade, tão frequentes em ambientes florestais como a Mata Atlântica.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Biologia} }