@MASTERSTHESIS{ 2023:1305424197, title = {HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU: ANÁLISE DO PROJETO EDUCATIVO DO PAIGC NO PERÍODO DA LUTA DA LIBERTAÇÃO NACIONAL (1963-1973)}, year = {2023}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/2016", abstract = "Antes da invasão portuguesa na atual Guiné-Bissau, esse território era povoado por diversos grupos étnicos que tinham suas organizações sociais, políticas, culturais e educativas, entre outras normas de convivências e modos de viver. Esses agrupamentos étnicos que compunham o Estado da Guiné-Bissau tinham uma educação muito rica que se baseava na transmissão oral de conhecimento, em que os valores positivos eram repassados dos mais velhos aos mais novos, de geração em geração. É exatamente a presença desse recorte, vigente ainda hoje, que se tornou o foco desta pesquisa. O escopo central foi analisar os registros da história da educação na Guiné-Bissau em três perspectivas educacionais distintas: i) a perspectiva educacional na tradição oral, a partir da produção bibliográfica africana sobre o processo educacional da etnia Balanta; ii) a partir a produção bibliográfica africana, que apresenta os traços fundamentais do processo de escolarização colonial na Guiné-Bissau; iii) e o processo educativo do PAIGC no período da luta da libertação nacional (1963-1973). A educação que os portugueses implementavam era baseada na realidade ocidental, direcionada exclusivamente para os filhos de chefes tradicionais e para os assimilados (indivíduos que assimilavam a cultura europeia e os que professavam a fé católica, o que deixava um número significativo dos guineenses fora ensino colonial). Devido a essa exclusão do ensino, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) criou o seu próprio projeto educacional com a intenção de salvaguardar as culturas locais e os seus valores e de formar os futuros quadros, com a missão de desenvolver os dois países (Guiné e Cabo-Verde) quando se tornassem independentes e livres da opressão colonial. O modelo educativo implementado pelo PAIGC nas zonas libertadas buscava reconquistar o que havia de importante na experiência da sociedade tradicional guineense o conhecimento dos anciões, dos griot, dos curandeiros e os outros tipos de saberes. Para responder ao problema deste trabalho, utilizou-se uma perspectiva teórica pós-colonial alinhada à história cultural, filosófica, artística e literária deixada pelo colonialismo tanto nos países colonizados quanto nos colonizadores. Com intuito de empreender a análise proposta, esta pesquisa caracterizou-se, primeiramente, como bibliográfica, pois recorreu-se a fontes constituídas por material já elaborado, como livros e artigos científicos. No que se refere ao procedimento metodológico da pesquisa, utilizou-se o método fenomenológico para melhor compreensão das vivências dos participantes e para a análise dos dados obtido por meio das entrevistas. Foi possível, a partir dessa abordagem, ouvir as experiências vividas pelos sujeitos entrevistados e resgatar a memória dos seus acessos ao ensino formal e dos apontamentos que estudaram durante seus períodos de escolarização. Dentro de seu projeto, o PAIGC não descartou a possiblidade de formar um “Homem Novo”. Amílcar Cabral insistiu bastante na noção do “Homem Novo”, ou seja, um homem diferente daquilo que foi formado na escola colonial com os princípios e a cultura europeia. Nessa lógica de pensamento, a escola seria uma alternativa de educar os cidadãos, formar o “Homem Novo” e pensadores da futura nação.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado - Irati)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes} }