@MASTERSTHESIS{ 2021:1047881903, title = {HISTÓRIA EVOLUTIVA DE Baccharis crispa Spreng. NO SUL DO BRASIL}, year = {2021}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1979", abstract = "A Mata Atlântica está entre os biomas de maior diversidade do mundo. Boa parte de rica biodiversidade é devida a grande variação de latitude ocupada por este bioma. No sul da Mata Atlântica estão formações vegetacionais que são típicas de regiões de clima mais ameno, como a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucárias) e os campos de altitude. Nestes campos estão espécies adaptadas a clima mais frio e seco, com presença de temperaturas negativas nos meses mais frios do ano. Inúmeros estudos foram realizados sobre a história evolutiva de espécies ocorrentes na Mata Atlântica, ajudando a esclarecer a origem e diversificação deste bioma ao longo do tempo. Porém, estes tipos de estudos são escassos com espécies vegetais de maior abundância, ou mesmo endêmicas, das regiões frias do sul da Mata Atlântica. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o estudo da história evolutiva de populações de Baccharis crispa Spreng Asteraceae do Sul do Mata Atlântica. Para o estudo foram obtidas sequências das regiões do genoma cloroplastidial (trnL-trnF e psbA-trnH) e nuclear (ITS) de indivíduos de seis populações coletadas nos municípios de Guarapuava, no Paraná, Joaçaba e Xanxerê, em Santa Catarina, e Coxilha, Panambi e Herveiras, no Rio Grande do Sul. Destas populações, as dos estados do PR e SC estão localizadas ao norte do vale do Rio Uruguai e as do RS ao sul do vale. Os resultados obtidos evidenciaram alta diversidade nucleotídica e haplotípica quando comparada com outras espécies de Asteraceae da Mata Atlântica. A avaliação dos resultados dos testes de neutralidade, do Bayesian Skyline Plot, da distribuição mismatch e das significâncias estatísticas dos índices SSD e HRAG evidenciaram discreta expansão populacional nos últimos 200 mil anos, com possível expansão demográfica das populações do norte para o sul do vale do rio Uruguai. Foi observada alta estrutura filogeográfica para B. crispa e elevado número de haplótipos e ribotipos exclusivos nas populações ao norte e ao sul do vale do rio Uruguai. A análise de grupos genéticos mostrou que a diversidade genética é melhor explicada considerando quatro grupos genéticos, sendo dois formados pelas populações ao norte do vale do rio Uruguai e dois pelas populações ao sul do vale. A análise conjunta dos dados deste estudo, corroboram que o vale do rio Uruguai pode ter atuado como uma barreira geográfica limitando o fluxo gênico entre as populações de B. crispa do sul da Mata Atlântica. Ainda, a alta diversidade das populações e a estabilidade populacional nos últimos 200 mil anos evidenciam a permanência de B. crispa no Sul do Brasil durante os últimos períodos glaciais.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais} }