@MASTERSTHESIS{ 2022:2123889884, title = {LITERATURA COMO LUGAR DE MEMÓRIA: TESTEMUNHO E RESISTÊNCIA EM O QUE OS CEGOS ESTÃO SONHANDO?}, year = {2022}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1888", abstract = "Ao retratar as experiências limítrofes de indivíduos que foram vítimas de eventos históricos traumáticos, as narrativas de testemunho nos possibilitam refletir sobre a humanidade e seus limites, sobre a ética e sobre a maldade humana, sobre a morte e sobre a dor. Dessa forma, o compromisso com o real é uma das principais características da literatura de testemunho, pois ao abordar esses acontecimentos e temas, ela viabiliza a entrada da escrita de uma sobrevivente na cultura letrada. Soma-se a isso a relevância que a escrita de autoria feminina tem ganhado nos últimos anos, uma vez que os escritos de mulheres por muito tempo foram alvo de preconceito e estiveram excluídos do cânone literário. Nesse sentido, justificamos que é importante tirarmos do silenciamento esses grupos de minoria da literatura para que possamos compreender a diversidade, a cultura e a história, bem como, dar visibilidade a eles. Para isso, é de extrema importância levantar a questão do testemunho na literatura produzida por mulheres, compreendendo sua relevância ao debate crítico contemporâneo. Assim, escolhemos para nossa pesquisa o livro O que os cegos estão sonhando? (2012), de Noemi Jaffe, buscando analisá-lo como lugar de memória, em que as escritas de três narradoras evidenciam formas de testemunho e resistência contra o patriarcalismo e o nazismo, ao denunciar através das perspectivas da sobrevivente do Holocausto (Lili Jaffe) e de sua filha (Noemi Jaffe) e neta (Leda Cartum) as atrocidades e crimes praticados ao longo da história. Tendo isso em vista, nosso objetivo principal é revelar de que modo a literatura de testemunho passa para uma literatura de resistência. Esses apontamentos e análises guiarão este trabalho para uma discussão relevante que tem o objetivo de compreender narrativas de testemunho em obras literárias, que nos permitem abrir diálogos produtivos com os conhecimentos dos campos histórico e cultural. Para realizar tal estudo, utilizaremos o método hermenêutico que é mediador no processo de interpretação dos textos. Como aporte teórico nos respaldaremos em Lúcia Osana Zolin (2009; 2019), Virgínia Maria Vasconcelos Leal (2008) e Níncia Cecília Borges Ribas Teixeira (2009), para abordar a literatura de autoria feminina; Maurice Halbwachs (2004) e Joel Candau (2018), para tratar sobre o conceito de memória; Giorgio Agamben (2008; 2009) e Márcio Seligmann Silva (2003; 2008) serão nossos aportes a respeito do testemunho e Alfredo Bosi (1996; 1997; 2002) corroborará com a questão de resistência. Com isso, nosso objeto de estudo configura-se como um lugar de memória, que por meio da escrita de autoria feminina representa testemunho e resistência às barbáries cometidas em Auschwitz, numa tentativa de também diminuir a dor do trauma. E ainda, proporcionar aprendizado e reflexão, para não repetir um erro tal qual o Holocausto.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }