@MASTERSTHESIS{ 2015:1567629061, title = {A amamentação sob a ótica das profissionais da saúde: saberes e práticas do processo}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/214", abstract = "Ser mulher na atualidade não significa mais somente ser ou tornar-se mãe. As mulheres hoje possuem o direito de escolha sobre suas decisões, seu estilo de vida e principalmente sobre a maternidade. Por esse viés, a compreensão da amamentação na contemporaneidade envolve ao ser mulher: mãe, esposa, trabalhadora e cidadã, visando as mudanças de acordo com os contextos histórico, social e cultural. A decisão de amamentar da mulher está interligada a sua história de vida, ao significado que atribui a este ato, sendo uma opção pessoal da mulher determinada pelo seu existir no mundo. Entretanto, ela sente-se cobrada pela sociedade, que valoriza a maternidade e vê a prática de amamentar como uma virtude natural, um dom divino, puro e universal. O desprazer nem sempre é explícito por quem vivencia, por não ser compatível ao perfil idealizado de mãe. Os aspectos biológicos da amamentação sobrepõem a subjetividade da mulher e, ao mesmo tempo em que ela diz ser livre para escolher, é necessário estar preparada para as cobranças impostas pela sociedade. Percebe-se que as profissionais de saúde, detentoras do conhecimento sobre o aleitamento materno, tem como principal papel o auxílio às nutrizes e, a partir disso, acabam se tornando as protagonistas no sucesso dessa prática. Mas também se deve pensar pelo lado dessa profissional de saúde como mulher, como mãe e como se dá a amamentação para elas. Algumas mães, mesmo sendo profissionais da saúde, podem apresentar dificuldades para amamentar e essas dificuldades podem ser muitas vezes, subestimadas perante a sua qualificação. Os objetivos deste estudo foram compreender o processo da amamentação pela ótica das profissionais da saúde, descrever a vivência da amamentação das profissionais de saúde e identificar saberes e práticas que envolvam o aleitamento materno mediante o que foi vivenciado no processo da amamentação. Foi realizada uma abordagem qualitativa, em que foram entrevistadas 12 profissionais de saúde de diferentes áreas de formação que já haviam passado pela experiência de amamentar seus filhos e que atuavam ou já atuaram na UTI neonatal e Alojamento Conjunto da Santa Casa de Irati. Os dados foram analisados mediante a análise do conteúdo, modalidade temática, da qual foram extraídos os seguintes eixos temáticos: Amamentação: um ato natural ou naturalizado?; Tecendo possibilidades para o gênero e as práticas do aleitamento materno; A "soberania" do saber científico e a vivência materna: entrelaçamentos; Os desdobramentos das vivências da amamentação na atuação profissional. Concluímos assim que, embora se referindo à amamentação como algo natural, aspectos relativos a momentos negativos e desagradáveis vivenciados pelas mulheres durante a amamentação foram ressaltados por elas em suas falas, evidenciando uma visão diferente do que se vem apregoando nos discursos em prol do aleitamento materno. Percebemos também que a amamentação para essas mulheres é tomada muitas vezes como obrigação, como um fardo que carregam pela qualificação que possuem, e pelas determinações sociais e de gênero. No entanto, independente da vivência ter sido boa ou ruim, as profissionais de saúde modificaram seu olhar para as nutrizes.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (Mestrado Interdisciplinar)}, note = {Unicentro::Departamento de Saúde de Irati} }