@MASTERSTHESIS{ 2020:2109918822, title = {MULHERES DO DESTINO: O PARTO DOMICILIAR NO SUDESTE DO PARANÁ (1940-1970)}, year = {2020}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1671", abstract = "Este estudo buscou analisar as memórias de parteiras e parturientes, elencando uma investigação do conjunto de conhecimento e práticas que compõem o ofício das parteiras, diplomadas e tradicionais, sobre o parto domiciliar entre os anos de 1940 a 1970. Utilizamos duas perspectivas de estudo, uma que contempla as relações de gênero e, outra, que compreende os estudos culturais, de forma a tentar entender e significar o ato de partejar como uma prática cultural transmitida por meio da tradição oral e que acaba sendo correlata a um fazer que designa os papéis de gênero e da esfera privada, o que gerava, muitas vezes, alianças táticas, como o laço de comadrio. A fim de construirmos elementos para realizarmos nossa pesquisa, centramo-nos em um recorte espacial que engloba as cidades paranaenses de Imbituva, Irati, Ivaí, Rebouças e Teixeira Soares, efetuando entrevistas com dez mulheres residentes nestas localidades. As fontes utilizadas para esta investigação foram, fundamentalmente, orais. Por meio destes dados coletados tencionamos nosso olhar para analisar as experiências vividas no ato de dar à luz, na prática da cura e do cuidado, no laço de comadrio, dos saberes herdados e adquiridos, dos rituais, orações e plantas medicinais, elementos estes interligados à prática do parto domiciliar. Desta forma, tratamos das concepções do partejar a domicílio, associada historicamente a um fazer feminino e da esfera privada em que as mulheres viviam, muitas vezes, à margem da sociedade e dos papéis de gênero. Assim, elas acabavam burlando as estratégias de agir e estar, e passavam a reinventar os espaços. Como subsídio teórico e metodológico, nos valemos da história oral, os estudos das relações de gênero e da história cultural, dando suporte para os limites da construção de conhecimentos baseados nas práticas e rituais, considerando as discussões sobre memória e as concepções de espaço, traduzidos no corpo e na esfera privada. O exercício desta análise constatou o vínculo constituído entre parteiras e parturientes a partir do desdobramento da prática de partejar em residências enquanto uma atividade que, para além de alianças entre mulheres, gerou laços táticos de reciprocidade feminina que nos permitiram visualizar o universo cultural dos fazeres cotidianos destas mulheres.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de História} }