@MASTERSTHESIS{ 2021:237339387, title = {O TESTEMUNHO DE MULHERES NO MUSEU DO HOLOCAUSTO: MEMÓRIA E DISCURSIVIDADE}, year = {2021}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1657", abstract = "A pesquisa se insere no escopo teórico da Análise de Discurso derivado, principalmente, de Michel Pêcheux e de Eni Orlandi. Apresentamos nas análises as relações entre discurso, memória e história, produzidos pelos testemunhos de mulheres no Museu do Holocausto de Curitiba. Significamos este Museu como um “lugar de memória” que presentifica o passado e institucionaliza memórias sociais, culturais e históricas. O recorte analítico incide sobre a exposição “Entre Aspas”, a partir dos testemunhos expostos no Museu do Holocausto, dando relevo especial às condições de produção do discurso, entendendo que se trata de testemunhos de mulheres judias que sobrevieram e vieram viver no Brasil. Colocamos em suspenso os efeitos de sentidos sobre as sobreviventes, sobre o Holocausto e sobre a importância da vida, que constituem efeitos de sentidos de memórias da morte, que fazem os sujeitos mais fortes. A questão de pesquisa que buscamos responder, nesta dissertação, é: Como o discurso do/sobre os sobreviventes do Holocausto é engendrado a partir de testemunhas e seus testemunhos na construção de memórias em (dis)curso, reforçando a representação dos sobreviventes e suas práticas de resistência ao genocídio e às barbáries do III Reich? E como esses testemunhos legitimam/ancoram o Museu do Holocausto de Curitiba como um lugar de memória da Shoá? Concluímos que os discursos dos sobreviventes do Holocausto são engendrados a partir de testemunhas que contribuem para a construção de memórias do Holocausto e reforçam os sentidos em torno dos sobreviventes, instaurando um imaginário positivo. Além disso, os testemunhos legitimam/ancoram o Museu do Holocausto de Curitiba como um lugar de memória da Shoá, por inscrever essas memórias no simbólico. Nesse espaço memorial retornam já-ditos significados, arquivados e organizados por meio de testemunhos para que funcionem discursivamente constituindo efeitos, dentro de um direcionamento ideológico. Os sujeitos testemunhas são apresentados de modo idealizado e heroico. Os discursos testemunhais inscrevem o repetível e dão visibilidade a regularidades de funcionamento de um lugar de memória que não é artificial, nem natural, nem decorre do acaso, mas sim, do desejo de “fazer memória” (VENTURINI, 2009).", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }