@MASTERSTHESIS{ 2020:1602021632, title = {HISTÓRIA EVOLUTIVA DE Achyrocline flaccida (WEINM.) DC. NO SUL DA MATA ATLÂNTICA}, year = {2020}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1614", abstract = "A Mata Atlântica (MA) é um dos biomas mais biodiversos do país devido, em parte a sua grande amplitude de latitude. Esta variação possibilita diferentes nichos moldados por diferentes condições climáticas. Uma das fitofisionomias da região sul da MA é a Floresta Ombrófila Mista que ocorre em associação com áreas de Campos Naturais. Estudos filogeográficos com espécies das regiões centrais e norte da MA demonstram que as oscilações climáticas dos períodos glaciais do Pleistoceno influenciaram no padrão de distribuição e estruturação das espécies. No sul da MA durante as últimas eras glaciais, as condições climáticas parecem ter favorecido a expansão das áreas campestres, em contrapartida, as florestas de Araucária ficaram restritas à refúgios nos vales dos rios. Trabalhos tem mostrado que os rios e seus vales tem atuado como barreiras geográficas na estruturação das espécies. Na literatura são escassos os estudos relacionados com a história evolutiva de espécies adaptadas a condições de clima mais frio que ocorre nas regiões do sul da MA, assim como, o papel dessas possíveis barreiras na expansão dessas populações. Achyrocline flaccida (Weinm.) DC. popularmente conhecida como Macela, é uma espécie amplamente distribuída nos campos do sul da MA e adaptada ao clima frio, portanto, a avaliação da estrutura genética de suas populações pode fornecer dados importantes sobre a influência das oscilações climáticas do Pleistoceno, na estrutura dessas populações, bem como, contribuir para o entendimento da história evolutiva da vegetação da MA. Neste estudo foram avaliadas oito populações de A. flaccida coletadas na região sul da MA, sendo quatro delas coletadas ao norte do vale do rio Uruguai e quatro ao sul. Foram sequenciadas as regiões cloroplastidiais intergênicas trnL-trnF e psbA-trnH e a região do DNA nuclear (nDNA) ITS 4 e 5. As sequências concatenadas para as duas regiões cloroplastidiais geraram um fragmento de 1264 pb e a análise de todas as sequências obtidas identificou 61 haplótipos. As sequências de nDNA foram de 674 pb e geraram 47 ribotipos. As populações apresentaram alta diversidade nucleotídica e haplotípica. Os testes de neutralidade e Bayesian Skyline Plot evidenciaram que houve uma discreta expansão populacional, em um período de clima mais frio, durante o Penúltimo Máximo Glacial (210-140 mil anos atrás), seguida de estabilidade no tamanho populacional até o Holoceno. As significâncias estatísticas dos índices SSD e HRAG não validaram o padrão multimodal apresentado pelos gráficos de distribuição mismatch, corroborando com a expansão populacional observada por volta de 200 mil anos atrás. Foi observada alta estrutura filogeográfica para A. flaccida e elevado número de haplótipos e ribotipos exclusivos nas populações ao norte e ao sul do vale do rio Uruguai. Todos os dados obtidos corroboram que o vale do rio Uruguai pode ter atuado como uma barreira geográfica limitando o fluxo gênico entre as populações de Macela do sul da MA. Ainda, a alta diversidade das populações e a estabilidade populacional durante o Pleistoceno evidencia, assim como observado para outras espécies, a existência de grandes áreas de ocorrência de espécies de clima frio no Sul do Brasil durante os últimos períodos glaciais.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais} }