@MASTERSTHESIS{ 2020:387146332, title = {CORPOREIDADE INFANTIL: QUANDO O CORPO-CRIANÇA É TRANSFORMADO NO CORPO-ALUNO}, year = {2020}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1501", abstract = "Nas últimas décadas o universo das crianças bem como o dos alunos vem sendo estudado por diferentes áreas do conhecimento a partir de diversas abordagens oferecendo um rico panorama sobre a categoria infância e as especificidades infantis, especialmente sua educação. Essa investigação insere-se no bojo das discussões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Infantil- GEPEDIN/CNPq/UNICENTRO, vinculada à linha de pesquisa Educação, Cultura e Diversidade e buscou problematizar como se dão as experiências corporais das crianças de 4 e 5 anos em duas diferentes instituições públicas na cidade de Guarapuava/PR. Como objetivos específicos buscamos compreender a infância e a Educação Infantil como tempos de vivência de ricas experiências do ser criança; refletir sobre o corpo, de seus modos de controle e disciplinamento nas instituições educativas; observar e problematizar as experiências corporais vividas pelas crianças de duas turmas de pré-escola. As reflexões sobre a corporeidade infantil se deram no lastro da perspectiva foucaultiana, a qual julgamos adequada para dirigir um olhar crítico aos fenômenos educativos que afetam as crianças e seus corpos. Metodologicamente, realizamos observações, com registros em diário de campo, em duas turmas de pré-escola de duas instituições públicas do município de Guarapuava/PR. Partimos da consideração da criança como sujeito de direitos e produtora de cultura, sendo que a função sócio-política e pedagógica da Educação Infantil impele à necessidade de ofertar experiências ancoradas nas interações e brincadeiras. Na sequência, discutimos as concepções de corpo e a corporeidade como envoltos em relações de poder que buscam disciplinar, controlar e formatar os sujeitos infantis, especialmente nas instituições educativas. O acesso aos dados nos permitiu reconhecer que é por meio da rotinização das práticas, das limitações espaciais e das evocações verbais de professores que se intensificam os disciplinamentos corporais aos sujeitos infantis, com amplo espaço para as repetições as quais reforçam comportamentos e atuam na destituição do corpo-criança e na conformação do corpo-aluno. O governo, inicialmente realizado a partir das orientações de um sujeito exterior, mostra-se eficaz e em pouco tempo as crianças já não necessitavam mais da figura adulta, pois internalizavam a vivência de um corpo contido, adaptado. O contexto institucional, por meio de normas, músicas, rotinas e um cotidiano permeado por relações de poder impõe forças visíveis e invisíveis sobre os corpos das crianças. O brincar, quando observado, faz parte do contexto da sala de aula, sendo pouco explorados os espaços externos e limitadas as interações. Frente a um contexto que embrutece e desumaniza sinalizamos que a dança, como linguagem expressiva, pode representar uma prática que enfrenta a acinesia e colabora para uma vivência saudável da corporeidade, ou seja, uma forma de resistir ao engessamento dos corpos e caminhar para a soltura.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado - Irati)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes} }