@MASTERSTHESIS{ 2019:227007411, title = {“O MEDICAMENTO É UMA VÁLVULA DE ESCAPE”: UM ESTUDO SOBRE A DEPRESSÃO NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO PARANÁ (2010 – 2017)}, year = {2019}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1289", abstract = "Nos últimos trinta anos, o uso de medicamentos relacionados ao sofrimento mental, em especial a depressão, vem aumentando em todas as camadas da sociedade. Para a justificativa deste crescimento, há várias hipóteses; dentre elas destaca-se o modelo de diagnóstico para depressão. Esta dissertação apresenta uma análise das condições de possibilidades que levaram a depressão a ser, em poucas décadas, uma das doenças mais diagnosticadas e medicalizadas. Analisaremos essa constatação por meio de um levantamento documental realizado nos serviços de atendimento público de saúde, em quatro cidades do Centro-Oeste do Paraná, entre os anos de 2010 e 2017. Serão discutidas entrevistas com médicos e pacientes que fazem ou fizeram uso de psicofármacos. O objetivo principal é compreender como a construção de uma epidemia de depressão passa pela reorganização dos saberes em diferentes escalas, tanto científicas e populares, quanto gerais e locais. O trabalho foi elaborado a partir de perspectivas situadas na história das doenças. Para isso, teoricamente foram usados conceitos como “saber” e “poder”, para analisar como se dão essas relações, e como o controle dos corpos vem se moldando por meio da medicalização. Metodologicamente, foi necessário o uso da história oral, de variação de escalas e da categoria de gênero. Dividimos a discussão em três pontos principais: primeiramente, um levantamento da bibliografia a respeito do tema, bem como a explicação de conceitos-chave para o entendimento da pesquisa. Em segundo lugar, começando por uma escala macro, procuramos levantar dados mundiais e depois nacionais a respeito do uso de psicofármacos. Variando a escala, discutimos o tema, problematizando nossa região medicalizada, com seus dados quantitativos e também com fontes qualitativas, utilizando entrevistas de médicos e usuários de psicofármacos. Em terceiro lugar, discutimos as construções de masculinidade e feminilidade subjacentes às entrevistas, objetivando mostrar que a medicalização da sociedade é generificada. Por fim, apresentamos considerações a respeito da pesquisa que nos permitirão pensar em novas possibilidades e também entender que nada é imutável, imóvel, definido e limitado.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de História} }