@MASTERSTHESIS{ 2019:2094203831, title = {ASPECTOS DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE ESPÉCIES DE Drosophila (DIPTERA: DROSOPHILIDAE) PERTENCENTES A GRUPOS IRMÃOS}, year = {2019}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1275", abstract = "A teoria de que a origem dos sexos seja resultado de seleção disruptiva para gametas pequenos, móveis, grandes e nutritivos teria como consequência a evolução de estratégias reprodutivas sexo-específicas, sob um modelo de coevolução antagônica entre os sexos. Ajustes distintos desta coevolução poderiam resultar em diferenciação interpopulacional e, ao longo do tempo, em especiação. Desta maneira, é fundamental para o entendimento da origem da biodiversidade a análise dos caracteres reprodutivos que estão sujeito tanto à seleção sexual como à seleção não sexual. Entre os insetos, espécimes do gênero Drosophila são modelos para muitas teorias de especiação, no entanto existe uma lacuna grande de dados sobre espécies de mata que ocorrem no Brasil. O objetivo deste trabalho foi iniciar a análise de características reprodutivas de duas espécies de Drosophila, pertencentes a grupos irmãos, que ocorrem em áreas de mata da região Neotropical, D. maculifrons, do grupo guaramunu, e D. mediostriata, do grupo tripunctata, as quais nunca haviam sido estudadas quanto aos caracteres da biologia reprodutiva. Foram analisados caracteres pré-cópula, como o tamanho do testículo, e pós-cópula: a duração da cópula, o risco para competição de esperma, os números de espermatozoides armazenados nas espermatecas e de progênie produzida pelas fêmeas por cópula. Com exceção do último caráter (progênie/cópula), as demais características foram analisadas em duas populações de D. maculifrons e D. mediostriata coletadas em áreas de Floresta Ombrófila Mista, no município de Guarapuava-PR: PMA (Parque Natural Municipal das Araucárias) e SSF (Parque Municipal São Francisco da Esperança). Os testículos dos machos das duas espécie foram removidos, fotografados e medidos. A observação da cópula ocorreu em replicatas de cruzamentos massais durante três horas. O risco para competição de esperma foi determinado pela ocorrência de poliandria, investigada por meio da análise de paternidade da F1 de fêmeas inseminadas na natureza, utilizando loci de microssatélites. As espermatecas de fêmeas acasaladas com um único macho foram removidas, e, por meio da técnica de esmagamento, foram preparadas lâminas coradas com 4,6-diamino-2-phenyndole (DAPI) e observadas em microscópio de fluorescência para estimativas do número de espermatozoides armazenados. Após cópula, as fêmeas foram colocadas em câmaras de oviposição e o número de ovos foram contados diariamente.As larvas foram transferidas para meio de cultura, e o número de descendentes produzidos foi determinado. Os testículos de D. maculifrons foram significativamente maiores que de D. mediostriata, assim como o número de espermatozoides armazenados nas espermatecas das fêmeas de D. maculifrons. Também houve diferença significativa interpopulacional no número de espermatozoides armazenados, sendo maior na população SSF para ambas espécies. As populações com maior duração da cópula (SSF para D. maculifrons, PMA para D. mediostriata) obtiveram os índices mais baixos de machos parentais por prole, uma maior contribuição para a progênie do último macho a copular com a fêmea, e uma menor proporção na população de fêmeas inseminadas por mais de um macho. Não houve diferença interespecífica significativa na progênie por cópula, e na viabilidade ovo-adulto, a qual foi bastante reduzida (em torno de 20%) para as duas espécies. Os resultados indicam uma relação entre maior testículo de D. maculifrons, com maior número de espermatozoides armazenados do que D. mediostriata; e maior duração da cópula e menor intensidade do risco de competição entre as populações das duas espécies. No entanto, a superioridade do tamanho testicular e no número de espermatozoides armazenados de D. maculifrons não foram refletidas em um maior número de progênie/cópula que em D. mediostriata, sugerindo que a seleção sexual no tempo de duração da cópula é efetiva na diminuição do risco de competição de esperma para o macho, porém não aumenta o valor adaptativo da fêmea.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais} }