@MASTERSTHESIS{ 2019:2115358810, title = {DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA DE MORFOTIPOS DE Cecropia pachystachya TRÉCUL (URTICACEAE)}, year = {2019}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1273", abstract = "O Brasil possui seis biomas com características distintas, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Estes apresentam diversas fitofisionomias, o que possibilita alta diversidade de habitats e de espécies. Os biomas possuem diferentes histórias evolutivas, o que propiciou composição de espécies diferentes entre si. Porém, passam por intensa devastação ao longo dos anos, perdendo parte de sua biodiversidade, necessitando de esforços para sua conservação. Para isso, no entanto, deve-se primeiro conhecer suas espécies. Algumas das espécies que ocorrem na maioria dos biomas brasileiros pertencem ao gênero Cecropia Loefl., dentre estas, Cecropia pachystachya Trécul, conhecida como embaúba-branca. Esta espécie possui circunscrição controversa. Devido à elevada diferenciação morfológica ao longo de sua distribuição no Brasil, a espécie já foi dividida em cinco espécies (C. pachystachya, C. digitata Klotzsch, C. lyratiloba Miq., C. catarinensis Cuatrec., C. adenopus Mart. ex Miq.). A sinonimização foi pautada na hipótese que as variações morfológicas são devidas à plasticidade fenotípica da espécie. Não há estudos que avaliaram se estas diferenças morfológicas também ocorrem a nível molecular. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar se as diferenças morfológicas observadas em C. pachystachya também ocorrem em nível molecular. Para atingir os objetivos, foram avaliados 18 acessos da espécie pertencentes a cinco morfotipos, coletados nas localidades típicas de cada morfotipo. Destes, dois foram coletados no bioma Amazônia (morfotipo C. adenopus), dois na Caatinga (morfotipo C. digitata), quatro no Cerrado (morfotipo C. digitata), e 10 na Mata Atlântica (dois do morfotipo C. pachystachya senso stricto, cinco C. lyratiloba e três C. catarinensis). As regiões trnL (cloroplastidial) e ITS (nuclear) de cada acesso foram sequenciadas e utilizadas para construção de árvores de relação genética baseadas nos métodos de Máxima Parcimônia (MP) e Inferência Bayesiana (BI). Como grupo externo foram utilizados dois acessos de C. hololeuca Miq. Todas as sequências obtidas foram homólogas com sequências de C. pachystachya depositadas no GeneBank. Os acessos formaram dois grandes grupos com forte suporte, o primeiro com os acessos da Amazônia, Caatinga e Cerrado (grupo ACC), e o segundo com acessos da Mata Atlântica (grupo MA). O grupo ACC foi dividido em dois subgrupos: subgupo Amazônia e subgrupo Caatinga/Cerrado. O grupo MA foi dividido em três subgrupos: Mata Atlântica Norte, Mata Atlântica Centro e Mata Atlântica Sul. A separação dos grupos ACC e MA parece ter relação com a história evolutiva dos biomas onde os exemplares foram coletados. Acredita-se que no passado, nos períodos interglaciais, a Amazônia tenha avançado até regiões onde hoje estão a Caatinga e o Cerrado, justificando o agrupamento dos acessos oriundos destes biomas junto com os acessos da Amazônia. Já a formação dos subgrupos possivelmente tem relação com mudanças climáticas que ocorreram nas últimas eras glaciais, e a presença dos refúgios do pleistoceno bem como com as condições climáticas diferenciadas dentro e entre os biomas que se estabeleceram após o último máximo glacial. Neste sentido, a divisão dos subgrupos de acordo com a distribuição do clima pode refletir adaptações dos acessos às condições climáticas a que estão expostos. A divisão do grupo MA pode ter relação com as rotas de conexão com a Amazônia durante o passado. O agrupamento dos acessos estudados, obtido com os dados genéticos, de acordo com o morfotipo evidencia que as diferenças observadas em C. pachystachya não são somente plasticidade fenotípica. Assim, é recomendada a realização de análises morfológicas mais aprofundadas dos morfotipos, para que, combinando com dados moleculares, reestabeleça os morfotipos de C. pachystachya como espécies. O reestabelecimento das espécies pode ter implicações no estado de conservação das espécies do gênero Cecropia no Brasil.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Evolutiva (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais} }