@MASTERSTHESIS{ 2019:33118986, title = {A presença feminina nas Memórias Inventadas de Manoel de Barros: perspectivas e (re)construção sob o olhar do eu lírico}, year = {2019}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1217", abstract = "Manoel de Barros é conhecido como o poeta das coisas insignificantes, dos objetos desimportantes e dos seres desprezados, famoso pelos deslimites. Sua poética é rica em significações e aberta à exploração interpretativa. Ela está envolta em uma falsa certeza de simplicidade e facilidade vocabular. As Memórias Inventadas não tratam da autobiografia do autor, mas é a voz do eu lírico que rememora momentos de infância, afastando a figura do poeta e fazendo valer o menino inventado nos poemas. Assim, a obra se constitui em uma construção poética que remete a eventos que acionam memórias inexistentes. A tessitura, a produção da poesia Manoelina, é cercada por situações oníricas e devaneios, os quais aguçam a imaginação e a formação de imagens mentais, além das novas significações das palavras, exploradas pelo autor, de forma surpreendente, ao criar a despalavra. A figura feminina é o objeto de estudo deste texto e das análises que serão apresentadas. Desse modo, a imagem da mulher e o olhar do eu lírico sobre as presenças, além do fingimento-memória serão a linha mestra das análises. Todas as mulheres que Manoel apresentou nas Memórias Inventadas serão revisitadas pelo olhar do símbolo, da presença marcante e da influência no eu lírico-menino-adolescente, o qual toma a voz para si nos poemas. A presente dissertação está inserida na linha de pesquisa Texto, Memória, Cultura e navega nas perspectivas da construção da memória, identidade e representação e propõe uma leitura mais apurada desses aspectos. As linhas teóricas destacadas abarcam os lugares da memória, com Pierre Nora (1993), Maurice Halbwachs (1990), Henri Bergson (1999, 2006) e ainda os Estudos Culturais, a construção das representações e identidade, com Stuart Hall (2006, 2011) e Silviano Santiago (1976, 1978). Constata-se que as mulheres são uma constante nos versos, desde o primeiro livro do autor, e essas presenças mostram o olhar do eu lírico sobre a mulher, seu papel social e construção diante da família e da comunidade. A construção interpretativa e simbólica é analisada a partir das referências de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant e também pelo viés do devaneio, partindo dos estudos de Gaston Bachelard. A visão do feminino construída pelo poeta pantaneiro e descrita pelo eu poemático surpreendem e enriquecem a poesia e os estudos sobre a obra e a fortuna crítica de Manoel de Barros.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras de Irati} }