@MASTERSTHESIS{ 2019:1306686249, title = {ESTRATÉGIAS PSICOSSOCIAIS DE RESISTÊNCIA DAS LIDERANÇAS INDÍGENAS AVÁ-GUARANI DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ: UMA PERSPECTIVA NÃO-GERENCIALISTA NA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO}, year = {2019}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1175", abstract = "Os povos indígenas no Brasil enfrentaram longos períodos de dificuldades, primeiramente pela vinda dos europeus e depois pela exploração de seus territórios, marcados por violência, esbulho e exclusão social. Por este motivo, o presente estudo pesquisa o contexto histórico dos povos Avá-guarani, que tiveram seus direitos violados e hoje almejam o reconhecimento e o respeito pelo seu modo de ser e viver. As lideranças indígenas procuram, diante das necessidades das comunidades, resolver os problemas sociais de que são acometidos. As suas ações são para garantir um espaço para alocar as famílias e viver com dignidade. Diante desta realidade, o objetivo deste estudo é compreender as principais estratégias psicossociais de resistência, utilizadas pelas lideranças indígenas, em face das violências praticadas com a etnia Avá-guarani na Região Oeste do Paraná. Os Avá-guarani da região pesquisada são considerados como uma organização social, devido à sua forma de vida coletiva e não formal. Assim, para os Avá-guarani, os critérios para liderar um grupo visam preservar as suas práticas sociais. Por isto, eles resistem aos desmandos da sociedade não indígena. Dentro deste contexto, a teoria utilizada neste estudo foi a da psicologia social comunitária latinoamericana, mais precisamente a das estratégias psicossociais de resistência, que tem, como propósito, a prática destas em comunidades, pois engloba a realidade social do povo, os problemas do cotidiano, a sua cultura e a identidade social, como forma de amenizar o sofrimento e melhorar as condições de vida. Esta teoria também engloba o processo de conscientização em relação à memória histórica e à reação política. Deste modo, é relevante entender os desafios que as lideranças indígenas enfrentam hoje em seus locais, até pela falta de atenção aos seus problemas sociais. Este estudo usa o método qualitativo, sendo considerada a liderança indígena como categoria analítica. A coleta de informações abrangeu as principais lideranças dos Tekoha, localizados na Região Oeste do Paraná. Foi realizada com 13 lideranças indígenas, sendo eles os principais participantes da realidade de lutas para garantir os seus direitos. Serviram como instrumentos de coleta a observação participante, entrevistas semiestruturadas e a descrição de campo. Para obter os resultados foi utilizada a análise de história oral temática, com o intuito de relatar as experiências cotidianas e históricas do povo Avá-guarani, como explicação de suas práticas sociais em comunidade. Estes resultados foram positivos, acarretando o conhecimento da realidade, onde se percebe que as lideranças indígenas estão articuladas politicamente. Eles lutam e resistem, mesmo enfrentando problemas em suas comunidades, pela carência de recursos e de condições básicas de vida. Procuram resolver os problemas com o diálogo. A língua, principal meio de comunicação entre as comunidades, atravessa gerações e continua fortalecida. Existe uma preocupação constante das lideranças indígenas em preservá-la. Tentam se unir com o objetivo comum de resguardar a cultura e os costumes e, principalmente, de reaver seus territórios. Consideram a terra como parte de seu ser, porque a organização social está atrelada a ela pelo cultivo de subsistência e pela prática da religiosidade com canto, dança e reza. O ideal deste povo é seguir com seu jeito de ser e viver.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado Profissional)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Sociais Aplicadas} }