@MASTERSTHESIS{ 2018:1960599027, title = {DE “LABORIOSOS E MORIGERADOS” A EMPECILHOS PARA A NAÇÃO: COLONIZAÇÃO E ESCOLARIZAÇÃO DOS IMIGRANTES POLONESES EM IRATI-PARANÁ (1900-1939)}, year = {2018}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1156", abstract = "Esta pesquisa tem como tema a educação de imigrantes e pretende investigar o processo de escolarização polonesa em Irati-Paraná, entre 1900 e 1939. O recorte temporal corresponde à chegada dos primeiros imigrantes poloneses até a nacionalização compulsória do ensino. Algumas escolas de colonização polonesa foram instituídas nesse município, entre elas, destacamos a do Alto da Serra, a Sociedade Liberdade e a Escola das Irmãs da Caridade. Essas escolas faziam a educação ser um componente da cultura, que unia e identificava esses imigrantes e seus descendentes. A imigração foi acompanhada por uma política nacionalista brasileira e as escolas de imigrantes foram alvo dessa política que buscava a integração de todos os sujeitos e regiões em função de um projeto comum caracterizado pela modernização e desenvolvimento do Brasil. A valorização dessa proposta tinha como empecilho a diversidade de interesses dos trabalhadores e imigrantes. Nesse sentido, o Estado precisou fortalecer e assumir o controle do processo, o que implicou numa série de medidas repressivas. A escolarização polonesa sofreu imposições diante do projeto nacionalista. Sendo assim, pergunta-se: por que os imigrantes poloneses se tornaram um empecilho se eram importantes e necessários para o desenvolvimento econômico do Brasil? Como ocorreu a interação entre os aspectos legais e as experiências dos poloneses em relação à educação? As categorias de cultura, costume e experiência de E. P. Thompson trazem à cena os silêncios desses sujeitos por meio de uma lógica histórica que interroga fontes documentais e bibliográficas. Para tanto, apresenta-se uma análise sobre a política de imigração e sobre a política nacionalista que inseriu os imigrantes no projeto de desenvolvimento da nação, mas considerou, nesses mesmos processos, a diversidade como um obstáculo. Depois, mostra-se a ambiguidade do Estado brasileiro em relação aos imigrantes poloneses, considerados importantes para o desenvolvimento econômico, mas tidos como empecilhos, ao mesmo tempo, para a nação brasileira e à educação como estratégia nacionalista. Para finalizar, apresenta-se a investigação das experiências vividas pelos imigrantes poloneses em Irati-Paraná em relação ao controle e à resistência das suas escolas. As leis pretendiam instituir os grupos escolares como modelo de escola e diante das imposições legais para inserir os imigrantes nesse modelo, algumas experiências de resistência foram realizadas diante do controle. A pesquisa torna-se relevante para ampliar a história dos imigrantes no Paraná e para aprofundar a história da educação na Primeira República (1889-1930), bem como a história local-regional e das instituições escolares paranaenses, por meio de aspectos que foram silenciados e que compõem os processos de resistência dos imigrantes e de seus descendentes à política de nacionalização de suas escolas. Os resultados podem fornecer dados e motivar pesquisas que envolvam a escolarização dos imigrantes, principalmente nos demais municípios colonizados pelos poloneses.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado - Irati)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes} }