@MASTERSTHESIS{ 2018:2017951221, title = {A luta dos Sem-Terra em Rio Bonito do Iguaçu (PR): terra e experiência no acampamento}, year = {2018}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1131", abstract = "A presente pesquisa busca compreender a luta dos trabalhadores rurais sem-terra no acampamento do Movimento Sem Terra (MST) em Rio Bonito do Iguaçu nos anos de 1996 e 1997. Através de metodologias da História Oral, parte dos relatos dos sujeitos que vivenciaram o processo de acampamento estudado, bem como de outras fontes escritas, orais e visuais, as descreve e interpreta a partir de estudos sociológicos, antropológicos e culturais, com especial relevância aos estudos de Michel de Certeau. Está estruturada em três partes. O primeiro momento apresenta os processos vivenciados pelos sem-terra que foram para o acampamento e busca compreender as razões que levaram aqueles trabalhadores rurais a acampar com suas famílias, inserindo-se na luta organizada pela terra. O segundo momento consta de estudo sobre o cotidiano dos acampados, apresentando a luta das pessoas no acampamento, sua organização em grupos e setores, a composição das lideranças, como conseguiam alimentação e água, os arranjos, as táticas e estratégias empregadas para sobreviverem e avançarem em direção à “terra prometida”. A terceira parte apresenta o processo de desenvolvimento participativo ocorrido na luta pela terra vivenciada pelos acampados apoiados pelos líderes do MST e por lideranças religiosas. Conclui-se que o êxito do MST em organizar um acampamento sem-terra em menos de dois meses com mais de doze mil pessoas se deu por dois motivos principais, a saber, uma estratégia bem montada por parte do movimento, e pela enorme necessidade de encontrar um meio de sobrevivência por parte de grande número de pessoas naquele momento histórico brasileiro. Esse processo de acampamento foi vivido entre estratégias do Movimento e táticas dos sem-terra como experiência histórica que gerou consciência de classe, vivência essa que em língua nativa era traduzida pelo termo luta, que não era apenas luta pela terra mas também luta pela sobrevivência. E nesse sentido, na busca por superar os problemas que iam surgindo ocorreu um processo de desenvolvimento participativo, com forte atuação de Irmã Lia e das mulheres acampadas.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (Mestrado Interdisciplinar)}, note = {Unicentro::Departamento de Saúde de Irati} }