@MASTERSTHESIS{ 2018:1517184858, title = {A LÍNGUA NO MUSEU E NO DOCUMENTÁRIO “A CHAMA DA LÍNGUA”: FUNCIONAMENTOS DA CONTRADIÇÃO, DAS ALTERIDADES E DAS DIFERENÇAS}, year = {2018}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1062", abstract = "Nesta investigação, realizamos a leitura do espaço urbano Museu da Língua Portuguesa, com recorte no espaço/lugar em que o arquivo se estrutura a partir da língua e não de um acontecimento ou nome a ser rememorado /comemorado. O Museu, que possuía uma parte interativa, encontra-se fechado em fase de restauro, devido ao incêndio ocorrido no final de 2015 e, por ser ‘da’ língua, ele se diferencia dos Museus tradicionais. A diferença decorre, principalmente, do fato de os museus ‘guardarem’ memórias e serem significados como espaços que acumulam documentos e objetos memoráveis, fazendo funcionar em um mesmo tempo e lugar, a lembrança, o esquecimento e a celebração. O Museu da Língua, por meio de textualidades da literatura, da gramática, do cotidiano e da mídia destaca particularidades da língua. Os fundamentos teóricos são os da Análise do Discurso (AD), disciplina de entremeio, porque funciona na contradição entre a psicanálise, o marxismo e a linguística, conforme Pêcheux (2009), Orlandi (2012, 2015), e não se constitui como uma quarta tendência da Linguística. Nessa perspectiva, desenvolvida por Pêcheux na França, a partir de 1969 e por Orlandi (1988-2001-2003-2012-2013-2015), no Brasil, pensamos também o Museu na relação sujeito/sociedade/ideologia, articulando domínios distintos, que sinalizam para a individuação do sujeito. Essa relação, de acordo com a teoria estudada, sustenta-se por um lado, no sujeito como sendo sempre o centro, pois sem ele não há discurso e nem efeitos de sentidos e, por outro lado, no sujeito sempre ideológico e filiado a formações discursivas, as quais determinam a língua que ele fala e a língua que o significa. Outros analistas que constituem nosso arcabouço teórico são: Venturini (2009, 2016, 2017), Silva Sobrinho (2011), Cervo (2012) e Romão (2010 e 2017). A questão de pesquisa, que buscamos responder com essa investigação é: Que imaginários sustentam a relação museu/língua a partir do olhar de pesquisadores e dos depoimentos circunscritos à esfera do documentário, pós-incêndio? Essa questão suscita outra questão, mais pontual, qual seja: Que funcionamentos sustentaram o Museu da Língua, enquanto espaço que tinha a língua - como objeto de exposição, quando contraditoriamente a língua não é objeto, mas funcionamento ideológico, que resulta de uma construção marcada pela história, pela ideologia e pelo político em torno de um saber sobre o sujeito e sobre a formação social? Para respondê-las, consideramos a teoria fundadora citada e a concepção de língua em funcionamento pelo real da língua e pelo real da história. A par disso, retomamos as novas tecnologias, como a gramática e os dicionários, que permitem colocar em suspenso a concepção de língua que sustenta/legitima os depoimentos sobre a língua no Museu e o efeito decorrente da ‘chama’, no documentário “A Chama da Língua”, pelo que ressoa a língua-vida, apesar das cinzas, como uma metáfora da língua que permanece, apesar do incêndio que destruiu o que estava no Museu, sinalizando para a língua como um patrimônio imaterial, em que memórias e discursos funcionam pelo que é visível, deixando entrever o silenciado/apagado. Os recortes constituem-se dos depoimentos de pesquisadores sobre a língua no Museu e sobre o texto-imagem ‘chama’, com que o documentário se fecha.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de Letras} }