@MASTERSTHESIS{ 2015:1894961705, title = {A (TOXI)CIDADE DE CUBATÃO: HISTÓRIA AMBIENTAL, DESASTRES TECNOLÓGICOS E A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO AMBIENTAL DA CIDADE TÓXICA NA DÉCADA DE 1980}, year = {2015}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/975", abstract = "Nesta dissertação de mestrado em história busco explorar a construção dos discursos jornalísticos como produtores de um imaginário ambiental apocalíptico sobre a cidade de Cubatão, São Paulo, na década de 1980, sobretudo nas matérias do jornal A Tribuna de Santos. Os discursos contidos nas matérias de A Tribunade Santos – além de jornais e revistas de todo o mundo - contribuíram para a construção e permanência da ideia de Cubatão como uma (toxi)cidade. Na década de 1970, durante a ditadura militar, Cubatão foi uma peça fundamental da economia brasileira, responsável sozinha por 4% do PIB nacional. A cidade de Cubatão comporta o primeiro e um dos mais importantes pólos petroquímicos brasileiros, e ficou internacionalmente conhecida na década de 1980 devido aos diversos problemas ambientais que não pararam de vir à tona. Estes, que foram gerados em função de décadas de ação das indústrias de base – petróleo, siderurgia e fertilizantes - que expeliam toneladas de resíduos tóxicos de suas chaminés diariamente, contaminaram fauna, flora, e a população local, composta em sua grande maioria por trabalhadores destas mesmas indústrias. Nesta pesquisa, afirmo que, mesmo com as políticas ambientais de controle da contaminação industrial na década de 1980 e com uma nova identidade forjada a partir do discurso ecológico no início da década de 1990 - discurso este que rompe com a ideia da cidade cinza instaurando o da cidade verde - Cubatão permanece no imaginário ambiental como a cidade tóxica até os dias atuais. Um ponto importante discutido no trabalho é a relação entre as políticas desenvolvimentistas - sustentadas por discursos científicos, como o da economia - com todo tipo de desastres ambientais que ocorreu em Cubatão. Situo Cubatão na teoria da sociedade de risco de Ulrich Beck(1986), e considero que todo grande empreendimento tecnológico é altamente pensando e calculado, desde sua viabilidade à seus possíveis riscos. Com isso, critico que, apesar de pólos industriais serem grandes empreendimentos tecnológicos pensados por tecnocratas para promover o desenvolvimento econômico a partir de projetos desenvolvimentistas, os técnicos industriais não calcularam ou não desenvolveram políticas para a prevenção de possíveis incidentes, que vieram a causar desastres de toda ordem, como chuvas ácidas, enxurradas, explosões, incêndios, a contaminação de rios, manguezais, animais e plantas, além das anencefalias e centenas de doenças e mortes causadas em humanos direta e indiretamente pela ação das indústrias.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado)}, note = {Unicentro::Departamento de História} }