@MASTERSTHESIS{ 2014:405042627, title = {COTAS RACIAIS NA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA: com a palavra, o cotista negro}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/359", abstract = "Na universidade pública brasileira se estabelece uma transformação na intenção de democratizar o acesso ao ensino superior: as cotas raciais para negros. A finalidade dessa ação afirmativa é de oportunizar a ampliação do acesso à educação aos negros. Apesar de ser uma política adotada por algumas universidades há bastante tempo, apenas em 2012 a Lei Nº 12.711 foi sancionada. Essa Lei dispõe sobre o ingresso de alunos negros nas Universidades Federais e nas Instituições Federais de ensino técnico de nível médio. O objetivo principal dessa pesquisa foi compreender como a política de cotas raciais para negros, na Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG - Paraná, produz relações/tensões na construção de identidade étnica dos cotistas. Os objetivos específicos são: i) identificar quais vivências dos graduandos cotistas da UEPG foram determinantes na formação de sua identidade étnica; ii) conhecer como os graduandos se percebem enquanto cotistas e negros diante de um cenário polêmico relativo às cotas raciais e ao racismo no Brasil; iii) e compreender como a UEPG identifica/avalia os candidatos como negros/afrodescendentes. Para tanto, realizamos um levantamento bibliográfico acerca do referido assunto nas Leis que regulamentam essa política afirmativa, em documentos da UEPG que são relacionados à adoção da política de cotas, bem como os relatórios de avaliação da implementação de cotas para negros, e em produções científicas que tratam de questões relacionadas à etnia negra e seus correlatos. Além disso, foi possível acompanhar a realização da Banca de Constatação da Condição de Candidato Negro, do Vestibular de Verão de 2013, e observar e analisar de que modo os candidatos são avaliados para poder ou não concorrer por cotas. Como parte da pesquisa, utilizamos a entrevista semiestruturada para conhecer as experiências dos alunos cotistas negros da UEPG. Foram dez alunos que se dispuseram a contribuir com nosso estudo, contar sua história de vida, os determinantes da escolha de concorrer por cotas no vestibular, as percepções sobre a política de cotas na UEPG, entre outras questões. Percebemos, a partir das análises, que o pertencimento a etnia negra está relacionado à cor e características fenotípicas, tanto por parte dos alunos quanto da universidade na figura da Banca de Constatação. Isso remete a uma falta de politização nos argumentos trazidos pelos alunos para explicar o que é ser negro e ser cotista na UEPG, o que nos levou a pensar na necessidade de acolher as demandas que as ações afirmativas, de uma forma geral, trazem consigo, tais como a discussão de preconceito racial, as dificuldades de manter-se no ensino superior, a necessidade de conciliar trabalho e estudo devido aos gastos com moradia, alimentação, transporte. Sendo assim, acreditamos ser importante tratar desse tema coletivamente no âmbito interno e externo à comunidade acadêmica.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado - Irati)}, note = {Unicentro::Departamento de Ciências Humanas, Letras e Artes} }