@PHDTHESIS{ 2024:1918820362, title = {Associação de aspectos comportamentais e sociodemográficos à obesidade infantil}, year = {2024}, url = "http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/2233", abstract = "Introdução: A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, que pode ser causada por diversos fatores, de origem comportamental ou sociodemográfica. Objetivo: Associar a obesidade infantil a cada potencial fator influenciador desta condição, de natureza comportamental e/ou sociodemográfica. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 170 crianças (9 e 10 anos) de escolas públicas e privadas em duas cidades do interior do Paraná. Antropometria e cálculo de IMC foram realizados e, um questionário referente aos hábitos de sono, alimentação, local de residência, tipo de habitação, nível educacional dos pais, tempo em telas, nível de atividade física e comportamento sedentário. Destas, 48 crianças tiveram a mensuração do nível de atividade física (AF) por meio do acelerômetro ActiGraph®, modelo wGT3x- BT, por 5 dias (3 de semana e 2 de final de semana). Análise Estatística: Para descrição dos dados foram utilizadas médias±desvio padrão. Correlação de Spearman e teste de Qui-square, análises de comparação pelo Test t de Student de amostras independentes e associações por regressão linear e logística, com p=5%. Resultados: A amostra caracterizada como eutrófica em 55,9% e 44,1% em sobrepeso/obesidade, apresenta alto índice de comportamento sedentário. Por meio da acelerometria, percebeu-se que meninas apresentam maior intensidade neste comportamento que os meninos (t= 3,434; p=0,01) que por sua vez, apresentam maior intensidade em AF moderada (t=-2,193; p=0,03) e vigorosa (t=-3,634; p= 0,01) que as meninas. Nas análises de correlação destacam-se a associação inversa no CS e níveis de AF, classificados em AF leve (r=-0,691, p=0,00), AF moderada (r=-0,824, p=0,00) e AF vigorosa (r=-564, p=0,00), ocorrendo a associação também em função do sexo, destacando-se a maior relação do tempo em CS contrária ao tempo em AFMV em meninas (r=-783, p=0,00) do que nos meninos (r=-0,563, p=0,01). Da mesma forma o nível de AF fora da escola foi associado ao tempo em AFMV (r=0,519, p=0,00), e de forma negativa ao CS (r=-471, p=0,00). No período da pandemia Covid-19 o nível de AF das mães cujas crianças são classificadas em sobrepeso/obesidade diminuiu 23%, e manteve-se igual nas mães das crianças classificadas como eutróficas (28,1%), com p=0,04, também associado ao IMC das crianças neste período (Exp(B)=0,536, p=0,027). Quando comparados aos níveis de AF antes do período pandêmico, as crianças apresentaram maior tempo em CS (t=-2,323, p=0,25), menor tempo em AF fora da escola (t=3,434, p=0,00), e maior tempo em tela durante a semana (t=-2,257, p=0,025). Nos aspectos sociodemográficos houve apenas relação ao nível de escolaridade do pai com a classificação de peso das crianças (Exp(B)=0,971, p=0,024). Discussão: Os hábitos comportamentais são construídos na infância sob forte influência dos hábitos dos pais, do incentivo à pratica de atividade física, redução do tempo em comportamento sedentário, horas adequadas de sono, que garantem o desenvolvimento infantil saudável e a diminuição dos riscos de doenças crônicas, como a obesidade. Programas de intervenção para prevenção de obesidade infantil devem envolver, além do aumento da prática de AF, habitualmente preconizado, também a redução da exposição ao CS, enfatizando a importância destes hábitos serem também aderidos pelos pais. Conclusão: Considerando os objetivos deste estudo, podemos destacar o alto nível de comportamento sedentário, associado aos hábitos comportamentais familiares e ao nível de escolaridade do pai.", publisher = {Universidade Estadual do Centro-Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (Doutorado)}, note = {Unicentro::Departamento de Saúde de Irati} }