@MASTERSTHESIS{ 2015:1349036920, title = {A TERRA ONDE CONSTRUÍMOS NOSSAS COMUNIDADES}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/213", abstract = "A pesquisa “A Terra onde construímos nossas comunidades” parte do pressuposto de que a ocupação e o uso do solo se diferenciam a partir das origens históricas que formam uma Comunidade. Tem como objetivo principal identificar as características da ocupação e o uso do solo da Comunidade Arroio Grande, Irati, Paraná e suas correlações com a organização comunitária. A Comunidade Arroio Grande foi escolhida para a realização deste trabalho, por se caracterizar como uma Comunidade camponesa, organizada sob a forma de um Faxinal até 1980, quando ocorre o fim do sistema. Também, por ser uma Comunidade com uma diversidade de uso do solo, onde um grupo de famílias está optando por fazer agricultura de base ecológica. Desde a ocupação das terras, há mais de cem anos, os solos estão sendo utilizados como fonte de renda para as famílias tanto da exploração florestal, quanto para a agricultura e criação animal, o que tem causado perda da qualidade do solo. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, para tanto, optou-se pelas ferramentas da observação participante, aplicação de questionário e realização de entrevistas. Fez-se necessário um estudo bibliográfico para compreender historicamente a ocupação e o uso do solo no Brasil, no Paraná e no Município de Irati, assim como, entender a problemática da degradação do solo que compromete a qualidade de vida de populações inteiras. O levantamento das informações apresentadas na pesquisa resultou de um envolvimento da pesquisadora com as famílias integrantes da Comunidade o que possibilitou uma interação muito amistosa. A ocupação da terra no Brasil ocorre de forma muito desigual, sendo o seu uso voltado para atender culturas de exportação, desde o início da sua colonização, até os dias atuais. Assim, as comunidades camponesas estão fora das prioridades de ocupação e uso do solo, até mesmo na execução das políticas públicas nas diferentes esferas de poder. No entanto, essas comunidades teimam em existir, mesmo diante do avanço do capitalismo no campo, modelo que as exclui. O contraste do uso do solo entre a produção de commodities e a agricultura camponesa, está principalmente, nos objetivos do uso. Para os empresários do campo, a terra é somente uma fonte de recursos para maximizar os seus lucros. Já para a Comunidade camponesa, o solo é a base da sua existência, a garantia de seu sustento. Este contraste é percebido na paisagem que configura os dois modelos de organização da agricultura em nosso país. As grandes propriedades investem nas monoculturas com melhor preço nas bolsas internacionais, enquanto as famílias camponesas produzem uma diversidade de espécies alimentares oferecidas nos programas de comercialização institucionais, feiras e comércio local. Como resultados desta pesquisa estão o levantamento histórico da Comunidade, compreendendo as suas inter-relações com os ciclos econômicos da erva mate e da madeira; a compreensão do uso do solo diversificado, onde mais de 40% da paisagem apresenta cobertura florestal; a problemática do minifúndio, pois com a divisão da terra em herança a cada geração o tamanho das propriedades vai diminuindo, levando os jovens e adultos a buscarem trabalho assalariado, mas mantendo a residência na Comunidade. As características da comunidade camponesa estão muito presentes, a solidariedade, a reciprocidade, a cooperação e a religiosidade o que reforça laços de convivência comunitária. As interações com o urbano acentuam a necessidade de outras formas de organização comunitária, levando as famílias a fundar associação, participar de conselhos municipais e até estaduais e, inclusive, participar da vida política de Irati.", publisher = {UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro Oeste}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (Mestrado Interdisciplinar)}, note = {Unicentro::Departamento de Saúde de Irati} }