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Tipo do documento: Dissertação
Título: POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE MOBILIZAÇÃO DOS ILHÉUS DO RIO PARANÁ
Autor: VANDRESEN, JOSÉ CARLOS 
Primeiro orientador: Gomes, Marquiana Freitas Vilas Boas
Resumo: A relação entre os povos e comunidades tradicionais e as unidades de conservação é o foco deste trabalho, por meio da análise do processo de realização da Nova Cartografia Social pela Comunidade de Ilhéus do Rio Paraná. São nove os povos e/ou comunidades tradicionais, no Paraná, que se auto-afirmam segundo sua identidade étnica e coletiva como povos e comunidades tradicionais, compreendidos como grupos culturalmente diferenciados por formas próprias de ocupação e uso dos territórios tradicionalmente ocupados. Entre os diversos conflitos e situações adversas enfrentadas por elas, identificamos a sobreposição dos territórios com a criação de Unidades de Conservação, sendo algumas delas de proteção integral, como a que se refere aos Ilhéus do Rio Paraná. Este trabalho sintetiza a ação de organização desta comunidade, seus principais conflitos, resistências e enfrentamentos frente aos processos de expropriação resultantes das cheias do Lago de Itaipu e a criação dos empreendimentos das áreas protegidas enquanto ilhas de conservação. A luta, resistência e organização social dos povos e comunidades tradicionais do Paraná, a partir dos Ilhéus, compõem o trabalho como princípio argumentativo frente à necessidade de reconhecimento, por parte do estado brasileiro, do direito ao ambiente e de permanência das comunidades em seus territórios, hoje transformados em unidades de conservação. Identificadas como um conflito pelos Ilhéus, as unidades de conservação impedem a legitimidade de permanência, por seu formato de criação ou gestão. Porém, as áreas protegidas, dispõem de uma legislação que diferencia dois tipos de unidades de conservação: uso sustentável e proteção integral. Caracterizando uma divergência com a política pública conservacionista e o direito ao ambiente, a permanência, indenização e reassentamento, reivindicados pelos ilhéus. Entre os diversos processos de expropriação, foram apresentados elementos que os ilhéus são desalojados pelos empreendimentos conservacionistas. Assim, o processo de resistência histórica, a luta pela permanência nas ilhas, a elaboração de documentos, mapas, etc, como a Cartografia Social, instrumentaliza a comunidade no movimento de luta por justiça ambiental.
Abstract: The relationship between local population and traditional communities and nature conservation areas is the focus of this paper, by analyzing the process of the realization of the New Social Cartography of the Community Ilhéus do Rio Paraná. There are nine local population groups and / or traditional communities, in the Paraná, that classify themselves according to their ethnic and collective identity as local- and traditional communities, understood as culturally differentiated groups by different forms of landuse or occupation. Among the several conflicts and adverse situations faced by them, we identified the overlapping of their territories with the creation of Nature Conservation Units, some of them under ful protection, as is the case of Ilhéus do Rio Paraná. This paper summarizes the action of the organization of this community, its major conflicts, the resistance and struggle against expropriation resulting from the flooding by the Itaipu Lake and the creation of islands as protected conservation areas. The struggle, resistance and social organization of the population and traditional communities of Paraná, as derived from Ilheus study, make a clear argument regarding the need for their recognition by the State of Brazil, for their right to maintain their environment and permanency of the communities in their territories, nowadays transformed into protected areas. Identified as a conflict for Ilhéus, conservation areas impede the legitimacy of permanency, due to the way they are created or managed. However, protected areas have to comply to a legislation that is discribed in two types of conservation: sustainable use and total protection. Featuring a mismatch with the public conservation policy and the right to maintain in their environment, the permanancy, compensation and resettlement, as claimed by the Ilhéus. Among the various processes of expropriation, elements that the islanders are displaced by conservation projects were presented. Thus, the process of historical resistance, the struggle to stay on the islands, the preparation of documents, maps, etc., as the Social Cartography instrumentalizes the community aiming for environmental justice.
Palavras-chave: ilhéus
unidades de conservação e cartografia social
comunidades tradicionais
auto-definição
Ilhéus
protected areas and social cartography
traditional communities
self-definition
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Sigla da instituição: UNICENTRO
Departamento: Unicentro::Departamento de Geografia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Geografia (Mestrado)
Citação: VANDRESEN. POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE MOBILIZAÇÃO DOS ILHÉUS DO RIO PARANÁ. 2014. 217 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Geografia - Mestrado) - Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava - PR.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/733
Data de defesa: 2-Jun-2014
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Geografia

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