Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1465
Tipo do documento: Dissertação
Título: ATIVIDADE FÍSICA, QUALIDADE DE VIDA, QUALIDADE DO SONO E VARIABILIDADE GLICÊMICA EM ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1
Autor: Rebesco, Denise Barth 
Primeiro orientador: Mascarenhas, Luis Paulo Gomes
Resumo: Os profissionais envolvidos no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 necessitam entender a variabilidade glicêmica afim de buscar sua redução, pois parece contribuir para o surgimento de complicações, sendo então, um requisito de bom controle glicêmico. Uma redução na variabilidade glicêmica e consequente melhora do controle glicêmico, pode ser alcançada com a inclusão da prática regular de atividade física na rotina do paciente com diabetes do tipo 1. As interações fisiológicas entre variabilidade glicêmica e atividade física em pacientes com diabetes tipo1 podem interferir diretamente na qualidade de vida e qualidade do sono destes pacientes. Portanto objetivou-se com o presente estudo verificar a relação entre atividade física, qualidade de vida e qualidade do sono com a variabilidade glicêmica em adolescentes com diabetes tipo 1. A amostra foi constituída por 34 adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, que realizaram coleta sanguínea para análise da hemoglobina glicada e avaliação antropométrica para obtenção da estatura, massa corporal e IMC. Os adolescentes responderam ao questionário WHOQOL-bref para auto avaliação da qualidade de vida e ao índice de qualidade de sono de Pittsburgh para auto avaliação da qualidade do sono. Para avaliação do nível de atividade física e identificação do dia mais e menos ativo, os adolescentes utilizaram um acelerômetro (Actgraph® wGT3X) fixado na cintura por cinco dias, registrando dados referentes à rotina diária de atividdae física. Neste mesmo período, para avaliação da glicose utilizou-se um monitor contínuo de glicose GUARDIAN®REAL Time (MEDTRONIC), após a coleta utilizou-se a planilha EasyGV para o cálculo dos seguintes indicadores de variabilidade glicêmica: Low Blood Glucose Index (LBGI), High Blood Glucose Index (HBGI), Mean amplitude of glycemic excursions (MAGE) e Glycemic Risk Assessment in Diabetes Equation (GRADE). Quanto às analises estatísticas, realizou-se análises de normalidade através do teste de Shapiro-Wilk e análises de correlação através do teste de Speraman. Foi utilizado o teste do Qui quadrado para identificar diferença das proporções entre meninos e meninas. Foi utilizado um teste de regressão linear para determinar a condicional das variáveis dependentes sobre a independente. Para verificar se houve diferença entre os dias mais e menos ativo, bem como diferenças na variabilidade glicêmica entre os dias utilizou-se o teste t de Studant, assim como para verificar diferenças entre os sexos. Além disso, realizou-se um teste ANOVA para verificar diferenças na variabilidade glicêmica de grupos que realizaram diferentes médias diárias de atividade física moderada a vigorosa. Todos os testes adotaram α de 0,05. Os participantes apresentaram média de idade (13,04±1,94 anos), peso (47,85±13,16 Kg), estatura (153,90±13,19 cm), e IMC-escore Z (0,34±0,87) semelhantes. A avaliação da qualidade de vida revelou diferença entre meninos e meninas para domínio físico (79,46±8,30 vs. 71,82±10,74). Os dados de atividade física revelaram grande proporção de tempo gasto em comportamento sedentário. A avaliação da variabilidade glicêmica classificou a maioria dos indivíduos fora do intervalo normal. No entanto, avaliou-se a variabilidade glicêmica em dias com diferentes quantidades de atividade física moderada a vigorosa e não se observou diferença significativa. Além disso, a variabilidade glicêmica apresentou correlação direta com atividade física moderada a vigorosa e correlação inversa com a qualidade do sono. Conclui-se que a atividade física moderada a vigorosa explica 10,7% da variação em LBGI e 14,4% da variação HBGI. Assim como, 17,4% da qualidade do sono é explicada pelos indicadores HBGI, DP e MAGE. Através da comparação da variabilidade glicêmica em dias mais e menos ativos, sugere-se que o aumento na quantidade de atividade física moderada a vigorosa na rotina do adolescente com diabetes provavelmente não influencia o aumento da variabilidade glicêmica, não existindo, portanto, uma relação dose-resposta entre estas variáveis.
Abstract: The professionals involved in the treatment of patients with type 1 diabetes mellitus need to understand the glycemic variability in order to aim its reduction, since it seems to contribute to the sending of complications, which is, therefore, a requirement of good glycemic control. Since the physiological interactions between variability and physical activity in patients with type 1 diabetes can interfere in the quality of life and sleep quality of these patients. The objective of this study was to verify the relationship between physical activity, quality of life and sleep quality with glycemic variability in adolescents with type 1 diabetes. The sample consisted of 34 adolescents with type 1 diabetes mellitus, who performed blood collection for glycated hemoglobin analysis and anthropometric evaluation to obtain height, weight and BMI. The adolescents answered to the WHOQOL-bref questionnaire for assessment of quality of life and the Pittsburgh sleep quality index for assessment of sleep quality. To assess the level of physical activity and identify the more and less active day, the adolescents used an accelerometer (Actgraph® wGT3X) fixed at the waist for five days, recording data referring to physical activity daily routine. In the same period, a continuous glucose monitoring (GUARDIAN®REAL Time MEDTRONIC) was used. After the collection the EasyGV worksheet was used to calculate the glycemic variability indicators: Low Blood Glucose Index (LBGI), High Blood Glucose Index (HBGI), Mean amplitude of glycemic excursions (MAGE) e Glycemic Risk Assessment in Diabetes Equation (GRADE). As for the statistical analyzes, normality analyzes are performed through the Shapiro-Wilk test and correlation analysis through the Speraman test. Chi-square test was used to identify differences in the proportions between boys and girls. A linear regression test was used to determine a conditional of the dependent variables on the independent variable. To verify if there was a difference between the more and less active day, as well as in the glycemic variability between the days, Studant test was used, as well as to verify differences between genders. In addition, an ANOVA test was performed to verify whether the difference in glycemic variability of groups that performed different daily averages of moderate to vigorous physical activity. All testes adopted α of 0.05. The participants had similar age (13.04 ± 1.94 years), weight (47.85 ± 13.16 kg), height (153.90 ± 13.19 cm) and BMI-Z score (0.34 ± 0.87). The assessment of quality of life revealed differences between boys and girls for the physical domain (79.46 ± 8.30 vs. 71.82 ± 10.74). Physical activity data revealed a large proportion of time spent in sedentary behavior. The assessment of glycemic variability classifies most of the participants without the normal range. However, glycemic variability was evaluated on days with different volumes of moderate to vigorous physical activity and no significant difference was observed. In addition, glycemic variability showed direct correlation with moderate to vigorous physical activity and inverse correlation with sleep quality. It was concluded that moderate to vigorous physical activity explains 10.7% of the LBGI variation and 14.4% of the HBGI variation. Similarly, 17.4% of sleep quality is explained by the HBGI, DP and MAGE indicators. By comparing glycemic variability in more and less active days, it is suggested that the increase in the amount of moderate to vigorous physical activity in the routine of adolescents with diabetes does not influence the increases in the glycemic variability, so, there are no dose-response relationship between these variables.
Palavras-chave: atividade física
variabilidade glicêmica
diabetes mellitus tipo 1
physical activity
glycemic variability
type 1 diabetes mellitus
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS
CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste
Sigla da instituição: UNICENTRO
Departamento: Unicentro::Departamento de Saúde de Irati
Programa: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (Mestrado Interdisciplinar)
Citação: Rebesco, Denise Barth. ATIVIDADE FÍSICA, QUALIDADE DE VIDA, QUALIDADE DO SONO E VARIABILIDADE GLICÊMICA EM ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1. 2017. 64 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário - Mestrado Interdisciplinar) - Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati-PR.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede.unicentro.br:8080/jspui/handle/jspui/1465
Data de defesa: 14-Dez-2017
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário (Mestrado)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação_Denise Rebesco.pdfDenise Rebesco2,03 MBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.